Segundo dia de paralisação na segurança pública tem críticas à proposta de reajuste do governo do RS

Segundo dia de paralisação na segurança pública tem críticas à proposta de reajuste do governo do RS

Servidores da Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias e na Superintendência dos Serviços Penitenciários estão mobilizados

Correio do Povo

Servidores da Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias e na Superintendência dos Serviços Penitenciários estão mobilizados

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O segundo dia de paralisação na segurança pública do RS foi marcado, nesta quinta-feira, pelas críticas à proposta do governo gaúcho de um reajuste de 6% ao funcionalismo público estadual. Em Porto Alegre, os servidores fazem uma concentração desde a manhã, prevista para durar o dia inteiro, na Praça da Matriz, na área central da cidade. O local foi escolhido devido à posse do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior como governador, que acontece nesta tarde na Assembleia Legislativa e no Palácio Piratini.

Tanto na Capital como no Interior, as manifestações ocorrem nos locais de trabalho na Polícia Civil (PC), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). As categorias reivindicam a recuperação salarial. Apenas atividades essenciais e casos graves estão sendo respectivamente realizadas e atendidas.

Proposta "irrisória e insignificante"

O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, enfatizou que o movimento é “pela reposição inflacionária do período do atual governo”. Para o dirigente, a proposta de 6% do governo é “irrisória e insignificante porque não atende nem a metade da inflação”.

Ele considerou “muito pouco” o índice de reajuste dos vencimentos dos servidores e alertou que a adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal vai resultar em “um arrocho salarial por dez anos” para o funcionalismo público. “Vai ser uma tragédia”, previu Isaac Ortiz.

“A adesão está muito forte. Queremos sensibilizar o governo e chamar a atenção para a necessidade de entabular um processo de negociação”, declarou por sua vez o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Castro.

Já o vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Instituto-Geral de Perícias (Sindiperícias), Henrique Bueno Machado, também avaliou que o movimento “segue forte”. Ele condenou igualmente o índice de reajuste do governo. “Sequer repõe a metade da inflação. É um deboche esta proposta”, frisou, lembrando que há sete os servidores não têm reajuste salarial. O sindicalista entende que “o governo não está tendo o menor respeito pela segurança pública, que sequer não parou um minuto na pandemia”. Ele espera que o governo converse com as categorias.

Já o presidente da Amapergs Sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos, lembrou que o percentual proposto pelo governo é “aviltante, revoltante e inaceitável”. Conforme ele, as perdas em oito anos foram de dois terços dos salários, sem recomposição. O dirigente calculou as perdas em 20%.

 


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