Sem prazo ou estimativa de custo, Piratini apresenta plano de segurança

Sem prazo ou estimativa de custo, Piratini apresenta plano de segurança

Governo focou em ações de combate ao crime, políticas de prevenção, atendimento ao cidadão e sistema penitenciário

Franceli Stefani

Governador Leite e vice-governador Ranolfo detalharam o funcionamento do plano

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Sem prazo de início nem estimativa de quanto custará aos cofres públicos, mas com a promessa de ações focadas no combate ao crime, políticas de prevenção, atendimento ao cidadão e sistema penitenciário. Assim foi apresentado, na manhã desta quinta, no Palácio do Piratini, em Porto Alegre, o programa estruturante e transversal da Segurança Pública no Estado, o RS Seguro. Responsável pela apresentação do conteúdo, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que também responde pelas secretarias da Segurança e da Administração Penitenciária, diz que o programa é um marco importante, que sinaliza o projeto do governo para a área nos próximos quatro anos.

Dentro do contexto apresentado, a participação dos municípios é fundamental. O governador do Estado, Eduardo Leite, frisa que os prazos de implementação não estão estabelecidos no cronograma, mas se darão dentro do mês de março, quando será apresentada a aplicação do efetivo dos dois mil novos policiais militares que estão em formação, assim como os agentes da Polícia Civil, bombeiros militares e agentes penitenciários.

A iniciativa se baseia em um tripé de três “is”: integração, inteligência e investimento qualificado. De acordo com o governador, a visão de segurança desta gestão passa desde o policiamento ostensivo – aquele feito nas ruas –, mas que tem alicerce na prevenção e articulação dos municípios que atuam sobre educação, saúde, assistência social, e também com sistema prisional. “Tanto no seu caráter de punição a crimes como também a necessidade de recuperação de pessoas que cumprem penas. Esse programa estará sob coordenação de uma estrutura ligada ao gabinete do vice-governador. Vai além da segurança do ponto do vista do policiamento”, destaca. Ele explica que o que o programa estruturante lançado articula ações com as diversas instâncias, outras esferas de governa e outras forças de segurança pública.

O projeto é dividido em quatro eixos que passa pelo combate ao crime, políticas sociais preventivas e transversais, serviços de segurança e sistema prisional. Cada um deles será desmembrado em metas e suas respectivas ações práticas, de curto, médio e longo prazo, que serão concluídas e divulgadas nos próximos meses. “Nos próximos dias já teremos ações efetivas na Região Metropolitana. Vão se fazer perceber nas ruas, nos 34 municípios da região, a presença policial em operações, que envolvem as forças do governo estaduais, federais e municipais. A partir de agora haverá a articulação com os municípios.” Para isso será estruturado o Gabinete de Gestão Integrada da Região Metropolitana (GGIMPoa-RS). Ele será responsável pela integração de ações conjuntas e simultâneas de prevenção e repressão à criminalidade nas 34 cidades que integram a região.

Ranolfo explica que após o Carnaval será a primeira reunião do gabinete. “A partir de então será planejada a primeira grande operação integrada.” Conforme os dados do governo do Estado, 14 municípios concentram o maior número de homicídios do Rio Grande do Sul, porém elas não foram apresentadas à imprensa. Com relação aos recursos para viabilização de ações, aquisição de equipamentos e melhora no sistema prisional, Leite não dá números e diz que há a Lei de Incentivo a Segurança, para que possam ser feitos investimentos em tecnologia. “Estamos frisando à sociedade que não basta apenas ter mais dinheiro, se não tiver estratégia de implementação do investimento.

A estratégia deve se dar com base em evidência científica. Vamos, cada vez mais, qualificar os dados e refiná-los pra entender onde, de que forma, os horários e assim empregarmos o efetivo de forma eficiente para enfrentar e vencer a criminalidade.” Sobre o sistema prisional diz que haverá permuta para construção de presídios, parcerias públicos privados (PPPs) no formato tradicional, em que o Estado remunera ao longo de 30 anos e acesso de recursos do Fundo Penitenciário Nacional.


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