Sessenta e quatro presos seguem em viaturas e em delegacias em Porto Alegre

Sessenta e quatro presos seguem em viaturas e em delegacias em Porto Alegre

Secretaria da Administração Penitenciária entregou plano com medidas e ações para Eduardo Leite

Correio do Povo

Na 2ª DPPA, os presos permaneciam dentro das viaturas da Brigada Militar estacionadas na frente do prédio

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A manhã desta terça-feira registrava 48 presos na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA), no Palácio da Polícia, no cruzamento das avenidas Ipiranga e João Pessoa, no bairro Santana, dos quais 13 dentro das celas e outros 25 em viaturas da Brigada Militar estacionadas na frente do prédio. Já a 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (3ª DPPA), na rua Comendador Tavares, no bairro Navegantes, abrigava 16 detidos, sendo quatro nas celas e 12 nas viaturas da BM.

No total, 64 aguardavam vagas no sistema prisional. Fabio Castro, vice-presidente da Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, desabafou que “tudo já foi dito e feito” na luta da entidade em lidar com essa “tragédia”. O dirigente classificou de “absurda” a situação que já dura quatro anos e coloca em risco os agentes e a própria sociedade. “Os policiais civis foram transformados em carcereiros. Eles estão vivendo um processo de adoecimento e estresse”, alertou. “Até hoje não houve um esforço conjunto por parte dos poderes em resolver ou amenizar a situação. Vivemos de crise em crise”, lamentou.

Um plano de medidas para a área penitenciária, sobretudo na busca de uma solução para a falta de vagas prisionais, já está nas mãos do governador Eduardo Leite. O documento foi entregue nesta segunda-feira pelo secretário estadual da Administração Penitenciária, Cesar Faccioli. Nele estão incluídas ações de curto prazo até o final do ano, médio para 18 meses e longo prazo para 40 meses. A ideia é gerar de 10 a 12 mil vagas no final do processo. O plano será agora discutido dentro do governo.


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