Sindicância de invasão do Paço sugere punição a 23 servidores

Sindicância de invasão do Paço sugere punição a 23 servidores

Caso sejam comprovadas irregularidades, envolvidos podem ser suspensos, exonerados ou pagar multa

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Quase 250 servidores em greve ocuparam a Prefeitura de Porto Alegre, em agosto de 2018

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Quase um ano depois, o relatório final da sindicância que apurou a invasão à Prefeitura de Porto Alegre, em 7 de agosto de 2018, encaminhou os nomes de 23 servidores à Comissão Permanente de Inquérito Administrativo. A apuração interna, que teve o resultado divulgado hoje, buscou identificar possíveis lesões e infrações durante a invasão, que durou cerca de 10 horas e só cessou quando a Justiça determinou a reintegração de posse da sede do Executivo.

Conforme a sindicância, manifestantes agrediram um guarda municipal que tentou impedir o acesso do grupo ao prédio. Agentes de segurança se dividiram na tarefa de negociar a saída dos ativistas e impedir a entrada à força nos gabinetes do prefeito e do vice.

O relatório também cita que a aglomeração de quase 250 pessoas gerou perigo de dano, já que o Paço, fundado em 1901, não comporta abrigar número excessivo de pessoas. Fotos registraram danos à porta que dá acesso ao saguão do gabinete do vice-prefeito Gustavo Paim, surpreendido despachando no local. Em greve, manifestantes faziam um protesto contra a gestão de Nelson Marchezan Junior. “É uma situação absolutamente tensa”, descreveu o vice-prefeito.

A Comissão de Sindicância recomenda o encaminhamento de cópia do relatório à Câmara Municipal, à Polícia Civil e ao Ministério Público. Em caso de comprovação de irregularidades durante processo, os responsáveis poderão sofrer penas como suspensão, multa, exoneração ou cassação de aposentadoria, conforme o Estatuto do Servidor.


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