Suspensa prisão domiciliar de condenado por matar mulher com tábua de carne em Tenente Portela

Suspensa prisão domiciliar de condenado por matar mulher com tábua de carne em Tenente Portela

Justiça atendeu pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul, sendo a detenção cumprida pela Polícia Civil

Correio do Povo

Feminicídio ocorreu em 2017

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A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira a prisão novamente do homem acusado de matar a mulher com uma tábua de carne em Tenente Portela. O crime ocorreu em 2017. Com mandado judicial, os agentes sob comando do delegado Roberto Fagundes Audino realizaram a ação no final da tarde de segunda-feira. 

O acusado, de 60 anos, condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado por feminicídio, foi reconduzido ao Presídio de Três Passos. Ele havia sido beneficiado com a prisão domiciliar, mas o Ministério Público do Rio Grande do Sul recorreu então da decisão.

Atendendo a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da promotora de Justiça de Três Passos, Fernanda Ramires, em agravo em execução criminal com pedido liminar, a Justiça determinou a suspensão da prisão domiciliar.

Preso em 2021, o condenado teve o pedido de defesa deferido pela Vara Adjunta de Execuções Criminais da Comarca de Três Passos em decorrência da idade avançada e de comorbidades, como “medida de prevenção comunitária” à Covid-19.

A decisão que reverteu a prisão domiciliar foi embasada no fato do apenado apresentar o esquema vacinal completo, além de não ter comprovado vulnerabilidade ou doença grave”. Dessa forma, a juíza Sucilene Engler determinou o retorno ao cumprimento da pena no regime fixado em sua condenação, fechado e a expedição de mandado de prisão.

O homem agrediu a companheira, de 29 anos, na cabeça com uma tábua de cortar carne, no final da madrugada de 22 de janeiro de 2017, na residência do casal, no km 4 da ERS-330. A filha, então com dez anos, presenciou o crime.

Ele foi preso em flagrante e a vítima, encontrada pela Brigada Militar ainda com vida, foi encaminhada e internada na UTI do Hospital de Caridade de Três Passos. A vítima morreu em 4 de fevereiro daquele ano, em virtude de falência múltipla dos órgãos e traumatismo cranioencefálico.

O autor do feminicídio chegou a ser conduzido ao Presídio Estadual de Três Passos, mas depois chegou a aguardar a data do julgamento em liberdade desde meados de 2018. 


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