Terceira fase da operação Avocat é deflagrada pela Polícia Civil

Terceira fase da operação Avocat é deflagrada pela Polícia Civil

Investigação tem como alvo os atestados médicos falsos para soltar detentos devido à pandemia

Correio do Povo

O cumprimento das ordens judiciais visa recolher material probatório para o inquérito

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A Polícia Civil deflagrou a terceira fase da operação Avocat que apura a prática de crimes contra a fé pública e de associação criminosa em Porto Alegre. A equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª Decor) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob comando do delegado Max Otto Ritter, cumpriu três ordens judiciais de busca e apreensão expedidas.

Os alvos foram os familiares de um apenado que recebeu prisão domiciliar e possui antecedentes por homicídios, mediante apresentação de atestado médico falsificado em razão da pandemia do novo coronavírus. As ordens judiciais visam ainda dois advogados que ajuizaram pedido de liberdade provisória dele com fundamento em documento falso.

Houve a apreensão de mais de R$15 mil em dinheiro, um notebook, documentos, drogas, uma balança de precisão, dois telefones celulares, uma pistola calibre 380 com munições e dois carregadores. Um indivíduo foi preso em flagrante por tráfico de entorpecentes.

A ação mobilizou cerca de 25 agentes em oito viaturas, além de representantes da OAB/RS em atenção às prerrogativas dos advogados investigados. Conforme o delegado Max Otto Ritter, a terceira fase da operação Avocat teve como objetivo o recolhimento de material probatório destinado a robustecer os elementos de informação já existentes no inquérito policial.

Em abril, a primeira etapa da Avocat foi realizada pela 2ª Decor, chefiada pelo delegado Vinicios Batista do Valle, em Cachoeirinha e Gravataí. Um advogado foi preso preventivamente por suspeita de integrar um esquema envolvendo escritórios de advocacia que utilizariam atestados médicos falsos para liberar apenados em função da pandemia do novo coronavírus. Nos pedidos judiciais, os participantes do suposto esquema alegavam que os detentos faziam parte dos grupos de riscos. "Documentos, três celulares, três notebook, dois pendrives e cerca de R$ 7 mil em dinheiro foram apreendidos na ocasião.

Já a segunda fase da operação foi deflagrada pela 2ª Decor em maio em Porto Alegre. Houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma residência e em um escritório de advocacia, além de um mandado de prisão preventiva. Um outro advogado suspeito de envolvimento não foi localizado na época. Documentos e um computador foram recolhidos para análise.


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