Três pessoas são presas em clínica de aborto de Novo Hamburgo

Três pessoas são presas em clínica de aborto de Novo Hamburgo

Clínica foi fechada pela Polícia Civil na última sexta

Correio do Povo

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A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira, o fechamento de uma clínica de aborto clandestino em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos. A chamada Operação Anatomy, através da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DPHPP) de Porto Alegre, sob comando da delegada Roberta Bertoldo, ocorreu na última sexta-feira após investigação iniciada com uma denúncia.

O estabelecimento ficava no bairro Rio Branco. Houve o cumprimento de mandados de busca e apreensão que culminaram na prisão de três pessoas pelos crimes de aborto, comércio ilegal de medicamentos e porte ilegal de arma. uma mulher que acabara de realizar um aborto também foi encontrada no local. 

Durante o trabalho investigativo, os policiais civis constataram a divulgação da clínica nas redes sociais e contatos por meio de aplicativos. O foco da operação foi buscar os responsáveis pelo estabelecimento, mas as mulheres que fizeram o procedimento também serão identificadas em uma segunda fase. Os agentes monitoraram o local por vários dias. Um técnico de enfermagem realizava a aplicação injeções de ocitocina para provocar abortos nas pacientes que pagavam, de R$ 5 a R$ 15 mil pelo procedimento. 

“Os valores cobrados variavam de R$ 5 mil a R$ 10 mil ou às vezes até mais, sendo metade paga em dinheiro e o restante parcelado em cartão de crédito”, observou a titular da 2ª DPHPP. A delegada Roberta Bertoldo disse ainda que a clínica ficava em um apartamento residencial, mas a “cliente” encontrava-se primeiro em um posto de combustíveis nas imediações. Ela constatou que o ambiente não tinha boas condições de higiene sendo que os instrumentos eram “extremamente rudimentares”.


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