Traficante gaúcho é capturado pela Polícia Civil e Senad do Paraguai

Traficante gaúcho é capturado pela Polícia Civil e Senad do Paraguai

Criminoso é de uma facção que atua no país vizinho, sendo responsável pelo envio de drogas e armas para o Rio Grande do Sul

Correio do Povo

Foragido foi preso em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Mato Grosso do Sul

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A Polícia Civil em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai capturou na madrugada desta quarta-feira um traficante gaúcho, que ocuparia a primeira posição de liderança de uma facção que atua no país vizinho. O criminoso, vulgo Nego Léo, foi preso em um apartamento de um prédio em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

A ação foi articulada pela 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DPHPP) de Porto Alegre, sob comando do delegado Gabriel Lourenço. O diretor da Divisão de Inteligência Policial e Análise Criminal do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Eibert Moreira Neto, confirmou ao Correio do Povo que o titular da 5ª DPHPP e quatro agentes estão desde a última segunda-feira no Paraguai.

"Ele é foragido nosso. Descobrimos o paradeiro e fomos para lá. Como era dentro do Paraguai, fizemos contato com a polícia de lá", explicou o delegado Eibert Moreira Neto. Nego Leo estava foragido desde 2016, sendo considerado o braço-direito de Nego Jackson, recolhido no sistema prisional gaúcho e chefe maior da facção nascida no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre. O foragido era o único da escala hierárquica da organização criminosa que ainda estava solto. 

O criminoso atuava como gerente na logística de compra e envio de drogas e armas para o Rio Grande do Sul. Ele ordenava ainda execuções no RS. Os agentes da Senad apontam inclusive uma associação dele também com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) em território paraguaio.

Nego Léo teve a expulsão imediata do Paraguai e deve chegar nesta quinta-feira no Rio Grande do Sul. O traficante gaúcho possui antecedentes por homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Documentos de identidade falsos foram apreendidos na ação dos agentes. 

Consultado pela reportagem do Correio do Povo, o diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Vladimir Urach, observou que “é cada vez mais comum o pessoal daqui, vinculados às facções, atuando diretamente no Paraguai, negociando grandes cargas de drogas e encaminhando-as ao Rio Grande do Sul”.

 


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