Ugeirm faz apelo por solução emergencial enquanto faltam vagas em presídios

Ugeirm faz apelo por solução emergencial enquanto faltam vagas em presídios

Entidade criticou mais uma vez a existência de presos em viaturas da Brigada Militar e celas da Polícia Civil

Correio do Povo

A Susepe e Seapen descumpriram decisão judicial no último sábado

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Diante do descumprimento de decisão judicial pelo governo do Estado, a Ugeirm Sindicato, entidade que representa os escrivães e investigadores da Polícia Civil, fez um novo apelo para que presos sejam retirados de viaturas e carceragens das delegacias. Na manhã desta segunda-feira (24), a agremiação pediu uma solução paliativa urgente.

“Essa situação não tem cabimento. É uma tarefa ingrata para os policiais”, afirmou o presidente da entidade, Isaac Ortiz, manifestando preocupação sobretudo com a segurança dos brigadianos e agentes que atuam como carcereiros. O dirigente sindical enfatizou que lugar de preso “é no presídio”.

Para o presidente da Ugeirm, um mutirão judicial poderia desafogar os estabelecimentos penais. Ortiz ressalta que as casas prisionais abrigam muitos presos ainda não julgados, incluindo casos como falta de pagamento de pensão alimentícia. Ele defendeu a adoção de penas alternativas ao invés da simples reclusão, propondo que as cadeias priorizem autores de crimes de maior potencial ofensivo.

Na manhã dessa segunda, em Porto Alegre, havia 14 presos em viaturas da Brigada junto a 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ªDPPA), no Palácio da Polícia, e 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, no bairro Navegantes. O número de detidos em celas das delegacias, porém, não foi divulgado pela Polícia Civil nem para a Ugeirm Sindicato. No final da tarde de sábado passado encerrou-se o prazo dado pela Justiça para que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seapen) e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) resolvessem a situação.

No início de julho, o titular da Seapen, Cesar Faccioli, viaja para Brasília em busca de recursos federais para a área prisional. Entre as medidas emergenciais para resolver o problema dos presos em viaturas, existe a possibilidade de serem alugados prédios na Região Metropolitana. Três imóveis encontram-se sob avaliação para a instalação de centros de triagem.

Já um prédio na Capital está sendo reformado para abrigar até 200 detidos. A Secretaria da Administração Penitenciária elaborou planos de curto, médio e longo prazos visando combater o déficit de vagas em presídios. Um total de 7,4 mil presos ingressaram desde o início do ano no sistema prisional sem que houvesse a criação de novas vagas. A média diária de detidos em flagrante, nos últimos dias, tem sido de quase uma centena de pessoas. O número é 30% maior do que o realizado no mesmo período do ano passado.


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