Ugeirm Sindicato contabiliza 127 presos em viaturas e celas na Capital e Região Metropolitana

Ugeirm Sindicato contabiliza 127 presos em viaturas e celas na Capital e Região Metropolitana

Entidade de classe dos policiais civis tem denunciado o problema há sete anos

Correio do Povo

Quatro detidos estavam algemados em uma mesma viatura da BM na Capital

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A Ugeirm Sindicato contabilizou mais uma vez a superlotação de presos em viaturas da Brigada Militar e celas da Polícia Civil. Na manhã desta quarta-feira, a entidade de classe dos policiais civis registrou 127 presos nesta situação, aguardando vagas no sistema carcerário. “Está passando dos limites. Não tem nenhuma atitude por parte do poder público. É desesperador. Vamos para sete anos sem nenhuma possibilidade de solução”, desabafou o vice-presidente Fabio Castro.

Na 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, a Ugeirm Sindicato constatou 18 detidos. No local, a reportagem do Correio do Povo confirmou a presença de várias viaturas da BM com os policiais militares fazendo custódia dos indivíduos. Em uma viatura Fiat Uno, prefixo 10872, por exemplo, quatro presos estavam algemados juntos.

Já a DPPA de Canoas tinha 24 detidos. A DPPA de São Leopoldo encontrava-se com 14 e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) outros 12, seguido da DPPA de Novo Hamburgo com 11.

Conforme o levantamento da entidade de classe, a DPPA de Gravataí tinha nove presos e as DPPAs de Alvorada e Viamão contavam cada uma com oito detidos. Por sua vez, a DPPA de Taquara possuía seis indivíduos.

No Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), na Capital, havia cinco detidos. O mesmo problema, com números menores, podia ser verificados em outras cidades.

Triagem 

Para o Governo do Estado, a construção do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) deve resolver em definitivo o problema de presos aguardando vagas em viaturas e delegacias. A central de triagem terá 708 vagas e  ficará no bairro Jardim Botânico, no terreno anexo ao Instituto Psiquiátrico Forense, na Capital. A previsão do início das obras é em 2022. A conclusão do complexo deve ocorrer em oito meses. A área construída será de pouco mais de 5,7 mil metros quadrados.


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