Ugeirm Sindicato contabiliza cerca de 118 presos em viaturas e celas de delegacias

Ugeirm Sindicato contabiliza cerca de 118 presos em viaturas e celas de delegacias

Levantamento foi feito um dia após anunciar decisão da Justiça para retirada imediata dos detidos

Correio do Povo

Problema permanece na frente da 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, na Capital

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A Ugeirm Sindicato contabilizou na manhã desta quarta-feira em torno de 118 presos em viaturas da Brigada Militar e celas de delegacias da Polícia Civil em Porto Alegre. A constatação ocorre um dia depois da entidade de classe dos policiais civis anunciar que a Justiça determinou ao Governo do Estado que sejam retirados imediatamente todos os presos desta situação e transferidos para os presídios.

Conforme levantamento da Ugeirm Sindicato, a 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, estava por exemplo com 24 presos. Em um determinado momento, 12 viaturas da BM estavam paradas no local.

Já a DPPA de Canoas tinha 23 detidos. As DPPAs de Alvorada e Novo Hamburgo abrigavam 14 pessoas cada uma. Por sua vez, a DPPA de Gravataí registrava dez e as DPPAs de Viamão e São Leopoldo possuíam seis em cada uma. No Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) encontravam-se cinco detidos e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) outros quatro.

“O Governo do Estado já havia sido intimado, no dia 11 de março, a cumprir a decisão de retirada imediata dos presos das celas das delegacias. Na ocasião, o governo alegou que os presos não excediam a capacidade dos locais, negando a situação clara de lotação total das DPs da Capital e da região Metropolitana. Essa alegação, além de não condizer com a verdade, é totalmente descabida, pois o próprio Tribunal de Justiça já reconheceu a ilegalidade da manutenção de presos em delegacias, seja em que quantidade for”, manifestou-se a Ugeirm Sindicato em nota oficial.

A entidade de classe recordou que “ao ser instada pelo Judiciário, no dia 26 de março, a se manifestar a respeito da situação das carceragens, demonstrou a realidade, onde presos não só lotavam as celas, como se encontravam espalhados pelas calçadas e viaturas em torno das delegacias”. Conforme a Ugeirm Sindicato, uma manifestação do governo está sendo agora aguardada para “que seja executada a decisão judicial que deveria estar sendo cumprida desde o ano passado”.


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