Ugeirm Sindicato faz novo alerta sobre a permanência de presos em celas de delegacias

Ugeirm Sindicato faz novo alerta sobre a permanência de presos em celas de delegacias

Entidade de classe adverte que situação é agravada pelo risco da pandemia

Correio do Povo

Volta de presos em viaturas da BM tem sido constatada também na 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre

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A permanência de presos em celas de delegacias da Polícia Civil e a volta de detidos dentro de viaturas da Brigada Militar, todos aguardando vaga em presídios, motivou um novo alerta na manhã desta terça-feira da Ugeirm Sindicato. “Já é um problema histórico e logo vamos para uma década pelo jeito”, desabafou o vice-presidente da entidade de classe, Fábio Castro, à reportagem do Correio do Povo.

“É o prenúncio de uma grande tragédia agravada pela pandemia. Um potencial vetor de contaminação pela Covid-19”, declarou Fábio Castro. Segundo o dirigente sindical, nenhuma autoridade nas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário resolveu o problema até agora. “É preciso cumprir a retirada de presos de delegacias. Apelo para providências e que se acabe com esse descalabro”, resumiu.

Em Porto Alegre, a reportagem do Correio do Povo constatou nos últimos dias a presença novamente de presos dentro de viaturas da Brigada Militar na frente da 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA), no Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga. Na manhã desta terça-feira, dois detidos estavam dentro de veículos da BM estacionados, mas um total de oito casos nesta situação foram registrados por volta das 11h em Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale do Rio dos Sinos. 

Por sua vez, um levantamento da Ugeirm Sindicato realizado nesta manhã contabilizou 86 presos amontoados em celas de delegacias de Porto Alegre, Região Metropolitana e Sinos. Na 2ª DPPA da Capital, por exemplo, estavam 14 detidos na espera de vaga no sistema carcerário, na DPPA de Canoas outros 16, na DPPA de Novo Hamburgo mais dez, na DPPA de São Leopoldo tinha sete indivíduos e na DPPA de Viamão encontrava-se nove presos


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