À CPI, Carlos Wizard volta a pedir para depor de forma virtual

À CPI, Carlos Wizard volta a pedir para depor de forma virtual

Empresário alega que está nos Estados Unidos, mas que não possui passaporte em mãos, e oitiva está prevista para quinta

R7

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A defesa de Carlos Wizard solicitou novamente à CPI da Covid nesta quarta-feira (16) que reconsidere a decisão que indeferiu o depoimento virtual do empresário. A oitiva está prevista para quinta-feira (17). 

Convocado para comparecer à CPI, Wizard pediu para depor por videoconferência ao alegar que está nos Estados Unidos desde o dia 30 de março em viagem, acompanhando tratamento médico de familiar.  O pedido foi negado. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que tomará providências caso o empresário se recuse a comparecer ao depoimento.

Em documento enviado à CPI, a defesa do empresário voltou a pedir o depoimento virtual. “Tendo em conta os recentes desdobramentos veiculados oficialmente por essa Comissão de Inquérito Parlamentar, requer a reconsideração do indeferimento do pedido de sessão semipresencial com os mesmos cuidados observados em depoimentos virtuais nos termos da legislação já mencionada”, diz.

Wizard argumenta, ainda, que não possui em mãos seu passaporte para provar que está nos Estados Unidos. “Com relação à solicitação de comprovação de que o requerente está fora do país por meio de juntada de cópia integral do passaporte tendo em conta que ainda não foi possível obter até pelo fato de não estar sendo portado por ele nesse momento”, informa.

A defesa pede, também, que sejam disponibilizados todos e quaisquer documentos da comissão que tratem sobre Wizard. 

Quebra de sigilo

A CPI da Covid aprovou também nesta quarta-feira (16) uma nova série de quebras de sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário, que atingem cinco empresários, entre eles Carlos Wizard, apontado como um dos integrantes do suposto "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos da pandemia. Outros alvos são executivos de empresas farmacêuticas que lucraram com a alta nas vendas de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina durante a pandemia.

A ação atinge, por exemplo, o presidente do laboratório farmacêutico Apsen, Renato Spallicci, e Renata Farias Spallicci, diretora da empresa.

A farmacêutica é citada em documentos recebidos pela CPI, que mostram mensagens do Ministério das Relações Exteriores junto ao governo indiano e a Apsen para desembaraçar a importação da hidroxicloroquina. Por essa razão, apontada pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os senadores também requisitaram as informações bancárias e fiscais da farmacêutica. Mais cedo, a CPI aprovou a retirada de sigilo de documentos do Ministério das Relações Exteriores.


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