"É hora de dizer basta", diz Fachin sobre ataques à Justiça Eleitoral

"É hora de dizer basta", diz Fachin sobre ataques à Justiça Eleitoral

Ministro do Tribunal Superior Eleitoral chamou provocações de "pobres em substância argumentativa" e criticou as Forças Armadas

R7

Fachin afirmou que a Justiça Eleitoral está pronta para realizar eleições "limpas, transparentes e seguras"

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O ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, fez um discurso na Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná nesta segunda-feira pedindo um basta contra ataques à Justiça Eleitoral, criticando o envolvimento das Forças Armadas no pleito e afirmando que há um "negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante" no Brasil. Na ocasião, Fachin abriu a Campanha de Combate à Desinformação da Ordem dos Advogados.

Para o ministro, alegações de fraude no processo eleitoral do país são encenações, "eventos órfãos de embasamento técnico e pobres em substância argumentativa", que atacam a democracia sem provas. "Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude (má fé) a uma instituição", disse.

Fachin ainda criticou o que chamou de "naturalização do abuso da linguagem" e a falta de compromisso cívico. "Ainda mais grave é o envolvimento da política internacional e também das Forças Armadas, cujo relevante papel constitucional a ninguém cabe negar como instituições nacionais, regulares e permanentes do Estado, e não de um governo. É hora de dizer basta".

No discurso, o ministro também pediu a volta da normalidade das campanhas eleitorais. Segundo ele, esse período não deve ser feito de janelas para ataques sucessivos, mas espaços para que os candidatos ofereçam informações verdadeiras e propostas plausíveis.

"Cabe preservar conquistas civilizatórias, mantendo-se o povo livre e consciente frente à dominação outrora imposta por supostos líderes que, em momentos infaustos, apagaram memórias e usaram da força para usurpar o poder, fazendo-se imunes ao julgamento coletivo, negando a natureza soberana da cidadania", ressaltou.


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