"É triste gente que ganha o teto querer mais reajuste", diz Bolsonaro

"É triste gente que ganha o teto querer mais reajuste", diz Bolsonaro

Presidente disse que aumento de 5% ainda é apenas sugestão e equipe vai se encontrar com presidentes dos sindicatos por acordo

R7

Presidente se manifestou sobre assunto em live nesta quinta-feira

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O presidente Jair Bolsonaro criticou servidores públicos que ganham o teto do funcionalismo — de R$ 39,2 mil — e pedem aumentos. Em live na noite desta quinta-feira, ele disse ainda que o reajuste de 5% ainda é apenas sugestão e que a equipe dele vai se encontrar com presidentes dos sindicatos para chegar a um acordo.

"É triste isso, gente que ganha no teto e quer ter mais reajuste. Se eu tivesse recursos, daria. Não temos como ir além. Se alguém me disser de onde tiro recurso, dou sem problema nenhum. Estou no limite aqui. [...] A sugestão é de 5%, que equivale a mais cortes nos ministérios, de R$ 7 bilhões."

Bolsonaro ainda afirmou que todos os ministérios vão perder verbas discricionárias, que "movimentam o ministério para investimento". Ele citou como exemplo que será preciso cortar da Saúde para atender os servidores da área com 5%, como vai acontecer com outras pastas. 

Segundo o presidente, algumas categorias usam ameaças de greve para pressionar por reajustes. Bolsonaro argumentou que só o Departamento Penitenciário Nacional e a PRF, categoriais que estão "defasadas" em relação ao salário, poderiam receber tratamento diferenciado. 

Confira os principais trechos:

Inflação

"O Brasil é um dos países com inflação um pouco mais baixo do que a média mundial. Brasil está com 12%. Como a inflação era prevista de 4%, está 8% acima do normal. É a política do 'fique em casa'. Faltam produtos, diminui a oferta e aumenta o preço. Inflação já está em 55% na Argentina nos últimos 12 meses."

Auxílio Brasil

"Sancionamos uma lei que torna permanente o Auxílio Brasil. O Bolsa família pagava em média R$ 190 por mês. O Auxílio Brasil, no mínimo R$ 400. Muita gente vai ganhar R$ 800. Atendemos 18 milhões de famílias pelo Brasil."

Fake news

"Tem uma matéria aqui: 'Eleições aumentaram caso de infarto e AVC nos Estados Unidos'. Como é que é? Vamos casar com outra matéria: cardiologista de famosos vê que casos aumentaram. É pós-covid ou pós outra coisa? A verdade virá. Não vou falar para não criar um clima. Estamos vendo uma explosão de casos na China. Qual é o país que fez a Coronavac? O povo não está imunizado? Se o povo está se contaminando, o que está acontecendo? Não vou tecer comentários. E você é proibido de discutir. Derruba página, entra em inquérito da fake news. É a liberdade de expressão do Brasil. Não podíamos discutir no passado o tratamento precoce. Igual urna. Se discutir, é um crime. Atentado contra a democracia, golpista. Nosso querido Fachin diz que eleições podem contar com mais de cem observadores internacionais. Pode botar um milhão. Vão observar o quê? Vão estar na sala secreta? Ter acesso ao código fonte? Qual o conhecimento deles em informática?"

Lula

"Diz aqui: 'Programa do Lula não falará em aborto nem regulação da mídia'. Não deu certo, né? Para o PT aprovar o aborto, precisa do Congresso, que acho difícil aprovar. Quem decide o aborto? Pelo menos cinco ministros do Supremo seriam favoráveis ao aborto. Não vou falar o nome. Proposta no Brasil é abortar até o sexto mês. Não quero tocar nesse assunto porque choca qualquer pessoa. Fica claro o que esse pessoal vai esconder por causa das eleições. [...] Quero saber se algum pobre foi convidado para o casamento dele. Alguém do MST, quilombola, pobre. Pelo que estou sabendo não teve ninguém, só gente de boa lá."


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