Ação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Queiroz no Rio de Janeiro

Ação cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Queiroz no Rio de Janeiro

Ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro também alvo de operação que investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro

AE

O novo prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias

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O Ministério Público do Rio de Janeiro realiza na manhã desta quarta-feira uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Entre eles está o de Fabrício Queiroz. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro e na cidade de Resende, localizada no Sul do Estado fluminense. 

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a operação ocorre no âmbito na investigação que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e peculato no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, ainda na época em que ele era deputado estadual. Além de Queiroz, são alvos da operação familiares do assessor e Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. 

Flávio Bolsonaro se transformou em alvo de investigação depois que um relatório de inteligência do Coaf indicou que Queiroz teria recebido depósitos frequentes de colegas de gabinete. Conforme a apuração do órgão, as movimentações financeiras ocorriam próximas dos dias de pagamento. 

Suspeita de "rachadinha"

Para os promotores, esse era suposto indício de "rachadinha" - devolução de parte ou da totalidade dos salários ao deputado. Flávio disse, à época, que todos os "mandatos na Alerj foram pautados pela legalidade e pela defesa dos interesses da população."

O MP também apontou suposta ação de organização criminosa no gabinete de Flávio na Alerj e supostos sinais de que o hoje senador lavou o dinheiro na compra e venda de imóveis. O parlamentar acusou a promotoria de tentar atingir o governo do seu pai. O Coaf, porém, também apontou suspeitas de outros assessores, deputados e ex-deputados, no documento gerado na Operação Furna da Onça, sobre corrupção na Alerj.

Queiroz faltou a quatro convites da Promotoria para depor, alegando problemas de saúde. O ex-policial trata de um câncer, do qual se operou no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Seu desaparecimento por meses rendeu à oposição um mote - "Cadê o Queiroz?" -, desfeito depois que o PM aposentado foi localizado pela revista Veja, na capital paulista.


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