Advogado da Precisa Medicamentos fica em silêncio na CPI da Covid sobre a compra da Covaxin

Advogado da Precisa Medicamentos fica em silêncio na CPI da Covid sobre a compra da Covaxin

Túlio Silveira foi o representante da empresa na negociação do imunizante indiano Covaxin com o Ministério da Saúde

R7

O advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira, afirmou em sua primeira fala na CPI da Covid que utilizaria seu "direito inalienável ao silêncio"

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O advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira, afirmou em sua primeira fala na CPI da Covid nesta quarta-feira que utilizaria seu "direito inalienável ao silêncio". E foi o que fez ao ser questionado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), todas as vezes que a pergunta buscava detalhes da negociação da empresa com o Ministério da Saúde, que buscava vender 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

"Respeitarei as prerrogativas da advocacia. Fui contratado como advogado pela Precisa Medicamentos e me manterei em silêncio."

O acordo acabou sendo cancelado após denúncias de irregularidades virem à tona por meio da denúncia do servidor Luís Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). A sessão desta quarta foi aberta com a tentativa da defesa do depoente de evitar o depoimento. A medida foi defendida também pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO).

De acordo com o parlamentar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é clara em seu regulamento ao não aceitar que advogados deem detalhes de suas ações nessa função em investigações. A informação foi rebatida pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que declarou que Túlio Silveira aparecia no processo como parte envolvida na negociação, não apenas como advogado da empresa Precisa Medicamentos.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o depoimento seria mantido por ter sido autorizado pela maior autoridade do Judiciário do país, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.


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