Airton Michels nega que tenha cometido ato de improbidade

 O ex-secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul Airton Michels negou que tenha cometido ato de improbidade administrativa durante o comando da pasta. Michels e o ex-superitendente da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) Gelson Treiesleben são alvos de uma ação civil pública por improbidade administrativa

A denúncia do Ministério Público aponta que mais de 500 vagas no sistema prisional não teriam sido criadas porque houve a devolução de R$ 18 milhões aos cofres da União. De acordo com Michels, a verba foi devolvida por uma decisão do governo federal de 2011.

“Eu tenho documentos que demonstram que houve uma determinação do governo federal de recolher todos os recursos cuja execução não tivesse iniciado naquela data, que era entre junho e agosto de 2011. Fazia apenas sete meses que eu tinha assumido a secretaria de segurança”, sustentou Michels.

O ex-secretário estadual de segurança ainda garantiu ainda que em nenhum momento foi chamado para dar explicações ao MP. “Eu não fui ainda citado na ação, mas pelo fato de saber que tem uma ação que me acusa de improbidade eu posso adiantar que se alguém me acusou de improbidade mentiu. Eu nunca cometi. Nunca fui investigado. Não sabia que em algum momento da minha vida havia sido investigado”, seguiu.

“Eu teria que ser maluco por tomar qualquer medida ou deixar de tomar para perder recursos federais. Sempre busquei de toda forma possível, mas teve uma decisão do governo federal que determinava que todo estado que tivesse recebido recursos da União e não tivesse dado início as obras deveria devolver. Eu assumi em janeiro de 2011 e esses recursos eram de 2006 e 2007”, finalizou.