Análise: Mudanças embasadas e alerta

Análise: Mudanças embasadas e alerta

Governador anunciou alterações ao modelo de Distanciamento Controlado

Taline Oppitz

publicidade

Após a chiadeira de prefeitos de municípios localizados em regiões classificadas com as inéditas bandeiras vermelhas, duas situações foram reavaliadas: de Santa Maria e de Santo Ângelo. As mudanças foram anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) que destacou a base técnica que nortea a decisão. No caso de Santa Maria, por exemplo, leitos disponíveis deixaram de ser lançados a tempo no sistema de dados.

Ciente da necessidade de dar margem para contestações, Leite mudou ainda os prazos para as classificações daqui em diante, abrindo margem para apontamentos dos prefeitos de municípios que tiverem as situações agravadas. A partir de agora, as informações serão consolidadas às quintas-feiras. Nas sextas, os gestores municipais serão comunicados e terão até a segunda-feira posterior para questionarem as classificações, com informações técnicas. As novas classificações passarão a valer, então, às terças-feiras.

“Os ajustes fortalecem o Distanciamento Controlado”, disse Leite. Sobre eventuais desrespeitos ao decreto, o tucano foi categórico. “Primamos e confiamos no diálogo e não somos intransigentes, mas prefeitos que não observarem as normas serão responsabilizados judicialmente”, afirmou Leite. O governador fez ainda alerta para as situações de Porto Alegre e Região Metropolitana, que estão classificadas com bandeira laranja, mas que apresentam piora nos índices.

Pouco antes, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, havia sustentado a mesma linha. Segundo Dallazen, 42 promotores de Justiça notificaram ontem prefeitos das regiões atingidas pela troca de bandeiras para a classificação vermelha, estabelecendo prazo de 48 horas para manifestações sobre medidas adotadas para adequações ao decreto estadual. Dallazen, que participou da reunião entre o governador e prefeitos, afirmou que não acredita na rebelião dos gestores municipais e destacou que o decreto deve ser obedecido. “Não é ameaça, é cumprimento legal. Um dever. Desobediência de prefeitos irá gerar ações de responsabilidade. Espero que a gente não precise chegar nesse ponto”, disse o procurador, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895