Após escolher relator na CCJ, projeto da reforma tributária deve tramitar em um mês

Após escolher relator na CCJ, projeto da reforma tributária deve tramitar em um mês

Deputado Baleia Rossi, autor da PEC, disse que o ideal é um nome que domine o tema e que tenha bom trânsito dentro do Parlamento

AE

CCJ define a constitucionalidade da proposta e, por isso, tende a ser mais rápida que uma comissão que discute o mérito

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O deputado federal Baleia Rossi, autor da PEC da reforma tributária, afirmou que, uma vez escolhido o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o texto teria condições de tramitar em um mês. A CCJ define a constitucionalidade da proposta e, por isso, tende a ser mais rápida que uma comissão que discute o mérito.

Mais cedo, Rossi já havia falado que a designação de um relator para a reforma se daria até a próxima semana. Segundo ele, o ideal seria um nome que domine o tema e que tenha bom trânsito dentro do Parlamento. Questionado sobre o deputado do Novo Alexis Fonteyne (SP), que é cotado para o posto, ele se limitou a dizer que "seria um bom nome", mas lembrou que a decisão deve sair do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Rossi afirmou que não está interessado em correr com a tramitação porque o acordo político é para que a reforma tributária fique sempre um passo atrás da Previdência, de forma a não atrapalhar a tramitação da reforma prioritária do governo. O deputado disse também que não vê motivos para fatiar a reforma tributária, de forma a separar tributos federais e regionais, como sinalizou preferir o secretário da Receita, Marcos Cintra.

"Se houver clima político, porque separar a reforma?", apontou Rossi.

Zona Franca de Manaus

Baleia Rossi disse ainda que a forma de tratamento da Zona Franca de Manaus é um complicador político que vai acabar surgindo na comissão especial que tratará da reforma tributária. Ele ressaltou que os parlamentares terão de achar uma solução consensual, uma vez que a proposta de emenda constitucional (PEC) precisa de 308 votos para ser aprovada.

Segundo ele, o importante é garantir, nessa discussão, a unidade do imposto único sobre bens e serviços que a reforma quer criar. "Essa discussão vai acontecer na comissão, temos que estar preparados, mas temos que buscar alternativas para garantir a unidade desse imposto", disse. Sobre o assunto, o tributarista Bernard Appy disse que é preferível e mais transparente conceder qualquer benefício tributário diretamente a uma empresa via Orçamento. "É muito mais eficiente do que a forma como a gente faz hoje", disse. Ele frisou, no entanto, que a ideia é que a nova proposta tenha o mínimo possível de desonerações tributárias, "muito menos do que a gente tem hoje". 


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