"As desculpas acabaram", diz Maia sobre agenda econômica do governo

"As desculpas acabaram", diz Maia sobre agenda econômica do governo

Presidente da Câmara cobrou ação do governo para destravar votações, relatório da PEC Emergencial e as novas etapas da reforma tributária

R7

O presidente da Casa defendeu que os trabalhos avancem em janeiro

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) cobrou nesta segunda-feira do governo Bolsonaro a retomada das votações econômicas na Câmara. A urgência da "BR do Mar", por exemplo, trancou a pauta por semanas. Os deputados não analisavam a matéria e pediam a retirada da urgência. O projeto deve ser analisado nesta segunda-feira. Maia cobrou ainda a apresentação de relatórios da PEC Emergencial e as novas etapas da reforma tributária

"Espero que o governo deixe a eleição para fevereiro e nos ajude a construir a votação dos projetos. O mais importante deles, o governo tinha prometido a apresentação de um texto do senador Márcio Bittar logo depois do primeiro turno, o que ainda não aconteceu. Espero que se esqueçam as desculpas que todos davam. As desculpas acabaram, espero que o governo possa resolver o mais rápido possível a Emergencial no Senado e  junto com Câmara e Senado construir o texto da tributária que terá um impacto muito forte na capacidade e decisão de investimento e aumento da competitividade para as empresas". O presidente da Casa defendeu que os trabalhos avancem em janeiro. 

"A PEC emergencial só consegue ser promulgada em janeiro. Acho que essa questão deveria interessar ao governo também, avançar na emergencial e tê-la aprovada antes da aprovação do Orçamento. Acho que o Orçamento precisa da PEC Emergencial e quem está olhando o Brasil para dois, três anos na frente precisa da Emergencial e precisa da reforma tributária".

Sobre a reforma tributária, Maia disse esperar que um texto de consenso entre governo/Câmara e os Estados seja apresentado nos próximos dias. "O líder Ricardo Barros mandou uma mensagem hoje e estamos esperando a chegada do relator a Brasília, que deve ser agora no início da tarde, para terminar de redigir, os pontos estão todos ajustados com o governo, que tem contribuído nessa matéria, apresentou projeto de unificação de PIS e Cofins, tem discutido com Estados e municípios a questão do fundo, que vamos fazer junto com governo federal. Espero que entre hoje e amanhã os líderes Ricardo Barros e Aguinaldo possam avançar  no texto para termos alguns dias de discutir e votar em plenário".

Existe nos bastidores uma disputa pela Presidência da Casa. Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) deste domingo vedando a reeleição, Maia disse que deve escolher o seu candidato nos próximos dias.  "Vou escolher nos próximos dias dentro de uma aliança que estamos construindo desde setembro, outubro, ouvindo todos os partidos que dela participam. O mais breve possível, está mais do que na hora de escolher o nome. Eu propus dia 8 para termos um nome. O bloco é importante mas o candidato é fundamental". 


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