Avaliação de Bolsonaro na pandemia piora, diz Datafolha

Avaliação de Bolsonaro na pandemia piora, diz Datafolha

Para 45%, no entanto, presidente não é responsável pela acentuada curva de infecção da Covid-19

Correio do Povo

Percepção da gestão de Bolsonaro na pandemia piora, conforme levantamento do Datafolha

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Os brasileiros estão mais insatisfeitos com a gestão do presidente Jair Bolsonaro agora que o país passa por crise gerada pelo novo coronavírus. É o que diz pesquisa do Datafolha, feita na última segunda-feira e divulgada nessa quinta, segundo informações do jornal Folha de São Paulo. O levantamento ocorreu via telefone com 2.069 entrevistados, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com a pesquisa, 50% dos entrevistados acham que o chefe de Estado conduz o Brasil de forma ruim ou péssima com a proliferação do vírus, cinco pontos a mais do que em 27 de abril e 17 acima dos dados registrados em 18 a 20 de março, quando foi feita a primeira aferição do tipo.

A aprovação de Bolsonaro na pandemia segue estável, 27%, mesma porcentagem de um mês atrás. Já 22% declaram que o presidente age de forma regular com a Covid-19. 

Relação com regiões mais populosas e modo de vida

O Datafolha demonstra que quanto mais populosas as regiões do Brasil, mais a aprovação de Bolsonaro tende a ser menor. No Nordeste e no Sudeste, a rejeição do presidente na pandemia alcança 52%, e os mais ricos, com salários de mais de dez salários mínimos, são os mais insatisfeitos (67% de reprovação).

Para 45%, Bolsonaro não tem responsabilidade pela curva acentuada de infecção do novo coronavírus, 33% o acham muito responsável e outros 20% acham que o mandatário tem pouca relação com os índices.

Conforme o levantamento, a percepção da gestão de Bolsonaro tem grande relação com a forma que os brasileiros estão lidando com o confinamento. Dos que dizem viver normalmente ainda, 42% consideram a atuação do presidente durante a pandemia ótima ou boa. O cenário é bem diferente para a população totalmente em quarentena (16% de aprovação), e dentre aqueles que dizem sair de casa só quando é necessário, a taxa fica em 26%.

Ministério da Saúde

Com a saída de dois ministros, Henrique Mandetta e Nelson Teich, o Ministério da Saúde viu sua popularidade diminuir entre os brasileiros.

Em abril, quando Mandetta estava à frente dos trabalhos, a aprovação da pasta estava em 76%. Com Teich, o índice teve queda, indo para 55%, e com a gestão interina do general Eduardo Pazzuelo, 45% se demonstram felizes com o trabalho da Saúde.


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