Bancadas do União no Congresso repudiam crítica de Gleisi sobre ministro das Comunicações

As bancadas do União Brasil na Câmara dos Deputados e no Senado Federal divulgaram nota, neste domingo (5), na qual repudiam falas da deputada federal Gleisi Hoffmann sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Juscelino Filho está no centro de algumas polêmicas desde que assumiu o cargo, entre elas o uso do orçamento secreto para benefício de uma propriedade da família, a ocultação de patrimônio e uso de aviões da Força Aérea Brasileira. 

A presidente nacional do PT afirmou que o ministro deveria pedir afastamento do governo para explicar as denúncias em que tem sido envolvido e isso impediria o "constrangimento" do governo. Na nota, os líderes do partido dizem que o ministro sempre manteve uma atuação respeitada e lamentou que Gleisi "use dois pesos e duas medidas". 

"Quando atitudes dos seus aliados são contestadas, e não faltaram acusações a membros do PT na história recente, a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefedere fazer pré-julgamentos", diz a nota. Os parlamentares dizem ainda que o direito de defesa e a presunção de inocência são válidos para Gleisi, Juscelino e todos os brasileiros.

Veja Também

• - Indicados no Ministério das Comunicações são críticados por aliados do governo Lula

• - Padilha sobre 8 de janeiro: punição a extremistas é apoiar Ministério da Justiça

Nesta semana, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o ministro das Comunicações por suposto tráfico de influência que envolve empreiteira investigada por fraudes em licitações.

O ministro também teria usado o avião da FAB e recebido quatro diárias e meia no mesmo fim de semana em que participou de leilões de cavalos de raça. Em nota divulgada na última quinta-feira (2), o Ministério das Comunicações rebateu acusações feitas sobre Juscelino Filho e afirmou que o titular utilizou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para cumprir agenda pública em São Paulo. Segundo a pasta, o titular teve compromissos particulares no estado.