Barroso vai relatar processo contra Bolsonaro por fala sobre Aids
Presidente é acusado de atuar para agravar pandemia ao relacionar vacinas com o desenvolvimento da doença imunológica
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado o relator de uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro relacionada à fala sobre as vacinas contra a Covid-19. O chefe do Executivo afirmou, sem evidência científica, que as vacinas contra o novo coronavírus levam ao desenvolvimento da Aids.
A declaração se baseia em uma notícia falsa que teve origem em um site conspiracionista britânico. As pesquisas apontaram que os imunizantes são seguros e não têm nenhuma relação com o HIV. Em uma ação apresentada no Supremo, o PDT e Psol alegam que Bolsonaro cometeu crime relacionado à pandemia.
As siglas acusam o presidente de atuar para dar força à doença e dizem que a declaração de Bolsonaro “coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país”. Barroso deve pedir parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.