Beltrame saiu porque estava cansado, diz Pezão
Governador do Rio afirmou que País precisa passar por mudanças profundas para recuperar estados
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"Ele disser que ficaria até a Olimpíada, estava cansado. Não é fácil ficar 10 anos. Eu falo para ele (Beltrame) que nós somos os mais longevos desde a época do (ex-governador do Rio Sérgio) Cabral. Quando entramos em 2007/2008 não era um quadro diferente do que a gente tem hoje", disse Pezão.
Pezão justificou que a situação do Rio de Janeiro não é a única ruim no País. "A crise hoje é do Brasil inteiro, não é só do Rio de Janeiro. Ontem, estive com 27 governadores. Tenho estado permanentemente com eles. Há mais de 21 estados atrasando pagamentos, até alguns piores do que o Rio de Janeiro. Então é muito difícil. É claro que quem pegou aquele auge que teve o estado e as commodities no Brasil e, principalmente, o Rio com o petróleo, é muito diferente do que está agora", recordou.
O governador carioca descartou um novo pedido de ajuda federal e afirmou que o foco é fazer mudanças estruturais. "É claro que não dispensamos nenhuma ajuda, todos nós precisamos de muita ajuda, mas o que precisamos fazer são mudanças estruturais dentro do estado brasileiro, inclusive no Rio de Janeiro. Tem que reduzir o tamanho do Estado", explicou.
Pezão acredita que a mudança não pode partir apenas do Rio de Janeiro. A recuperação do estado e de outros territórios passa por modificações mais profundas no País. "Nós vamos cortar agora mais profundamente ainda até o final do mês. Eu e o vice-governador (Francisco Dornelles, atualmente governador em exercício) estamos preparando. Agora não adianta só o Rio. Isso vale para o Brasil inteiro. Mas eu enxugando tudo, se todos os secretários, todos os comissionados não recebessem, isso não chega a R$ 500 milhões. O problema do Estado hoje vai a mais de R$ 15 bilhões. É muito mais profundo", enfatizou.