Bolsonaro anuncia a saída de Roberto Alvim da secretaria da Cultura

Bolsonaro anuncia a saída de Roberto Alvim da secretaria da Cultura

No Twitter, presidente reiterou repúdio a ideologias totalitárias e genocidas, como nazismo e comunismo

Correio do Povo

Roberto Alvim foi exonerado

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O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira a demissão do secretário da Cultura, Roberto Alvim, após a divulgação de um vídeo em que fez referências ao nazismo. Em uma publicação no Twitter, o chefe do Executivo disse repudiar " ideologias totalitárias e genocidas, como nazismo e comunismo". Bolsonaro também demonstrou "total e irrestrito apoio à comunidade judaica". 

A gravação de Alvim foi feita para lançar o Prêmio Nacional das Artes, na noite dessa quinta-feira. No entanto, o conteúdo da gravação chamou a atenção pela estética com ares de nazismo. Penteado como Goebbels, Alvim copia várias falas de um discurso de 1933, realizado no hotel Kaiserhof, em Berlim, para diretores de teatro. Ao fundo, escuta-se a composição "Lohengrin" de Richard Wagner, músico predileto de Hitler.

"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", afirmou Alvim no vídeo postado nas redes sociais. As falas são muito semelhantes ao que é citado em biografia de Goebbels.

Em nota no Facebook nesta sexta, Alvim disse que colocou o cargo à disposição de Bolsonaro, "com o objetivo de protegê-lo". "No meu pronunciamento, havia uma frase parecida com uma frase de um nazista. Não havia nenhuma menção ao nazismo na frase, e eu não sabia a origem dela. O discurso foi escrito a partir de várias ideias ligadas à arte nacionalista, que me foram trazidas por assessores. Se eu soubesse da origem da frase, jamais a teria dito. Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário, e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista", escreveu.


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