Bolsonaro confirma reajuste para "percentual razoável de servidores"

Bolsonaro confirma reajuste para "percentual razoável de servidores"

Informação foi dada em entrevista exclusiva à Record TV; mas o presidente não detalhou valores nem categorias beneficiadas

R7

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Durante ano eleitoral, e em meio a pressões de categorias do funcionalismo público para reajuste salarial, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira, que, devido aos cortes no Orçamento de 2022, o governo vai "atender percentual bastante razoável de todos os servidores."

A declaração foi dada por Bolsonaro, que não mencionou valores, em entrevista exclusiva à Record TV. "Muitos tiveram salário reduzido, perderam emprego, os servidores não tiveram, por ação do governo federal. Pode ter certeza, tendo em vista que devemos ter uma excelente arrecadação no corrente ano, devido aos cortes do Orçamento, vamos atender percentual bastante razoável de todos os servidores públicos do Brasil", afirmou o presidente.

Os vetos feitos pelo presidente no Orçamento de 2022 ficaram na casa dos R$ 3,1 bilhões, especificamente para recompor as despesas obrigatórias.

No ano passado, Bolsonaro articulou a aprovação no Congresso de R$ 1,7 bilhão no Orçamento para reajuste de servidores e prometeu conceder aumento a categorias policiais, importante base para a sua eleição.

A postura do governo gerou questionamentos e movimentos de outras categorias, que pedem isonomia por parte da gestão pública. Ao sancionar o orçamento, Bolsonaro manteve R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores, mas sem especificar quais categorias seriam beneficiadas.

Na última quinta-feira, Bolsonaro confirmou reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica. Isso eleva o valor mínimo do vencimento dos atuais R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63, alta maior que os 7,5% negociados pelo governo federal com estados e municípios.

Após o anúncio de correção salarial no piso dos professores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, na última sexta-feira, que é contra dar reajuste de salários durante a pandemia de Covid-19.

Guedes lembrou que categorias fizeram home office e destacou que professores atuaram à distância. "Qual o sentido de pedir reajuste de salário, mesmo agora, quando temos essa crise ainda conosco, nessa variante ômicron?", complementou Guedes.


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