Bolsonaro diz que leis em excesso "amarram" ações do governo
De volta ao Brasil, presidente comentou que gostaria de transformar Baía de Angra na Cancún brasileira
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O presidente Jair Bolsonaro lamentou neste domingo o que classificou como uma “amarração” provocada pelas leis brasileiras que, segundo ele, retardam mudanças necessárias ao desenvolvimento nacional. “O aparelhamento no Brasil não é só de gente não. É de legislação, que foram amarrando. [Há] uma quantidade enorme de conselhos. Tem ministério que tem 200 pessoas no conselho, o equivalente a um terço do Parlamento. Não tem como você resolver. É muito difícil. Temos que lutar contra isto devagar”, disse o presidente logo após chegar a Brasília, de volta da Cúpula de Osaka, no Japão, onde foi realizada a reunião do G20 – grupo dos países mais ricos e a União Europeia.
Ele posou para foto com os integrantes da viagem em frente ao avião presidencial e afirmou via Twitter: "Missão cumprida".
Retorno agora de Osaka.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 30 de junho de 2019
G 20, MISSÃO CUMPRIDA!
Parabéns BRASIL! pic.twitter.com/UrvSIi5HWD
O principal avanço comercial brasileiro no encontro com líderes das 20 economias mais ricas do mundo foi o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, após 20 anos de negociações entre os dois blocos. O Ministério da Economia do Brasil estima que o acordo vai resultar em um aumento de R$ 336 bilhões em 15 anos na economia brasileira — com potencial de chegar a R$ 480 bilhões ao se considerar a redução de barreiras não tarifárias.
Bolsonaro comentou as dificuldades para implementar seus projetos ao voltar a falar sobre a proposta de autorizar a instalação de empreendimentos turísticos na Baía de Angra dos Reis (RJ), região parcialmente ocupada pela Estação Ecológica de Tamoios, criada em 1990. Em maio último, o presidente manifestou a intenção de revogar o decreto presidencial que criou a unidade de conservação e permitir o turismo na região. “Gostaria muito de começar logo o nosso plano de transformar a Baía de Angra na nossa Cancún brasileira, mas, para revogar um decreto, botaram uma lei que tem que ser outra lei”, acrescentou o presidente