Bolsonaro diz que pandemia de Covid-19 vai se tornar endemia nos próximos dias

Bolsonaro diz que pandemia de Covid-19 vai se tornar endemia nos próximos dias

Na semana passada, no entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a mudança não ocorreria


R7

Assessor do presidente para assuntos internacionais e o deputado estadual Eduardo Bolsonaro comentaram a declaração de De Blasio

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, que o país passará, nos próximos dias, de pandemia para endemia de Covid-19. O chefe do Executivo voltou a dizer que não errou durante sua gestão à frente do problema sanitário que já vitimou mais de 600 mil brasileiros.

"Vivemos um momento atípico: a guerra e a pandemia. Eu acho que, nos próximos dias, passaremos de pandemia para endemia. A gente vai se adequando, vai buscando cada vez mais agir de forma correta no tocante a pandemia, que está acabando”, disse. “E digo a vocês: não errei nada sobre a pandemia, mas tudo bem, não sou médico, mas busquei zelar pela autonomia do médico”, completou.

Na semana passada, no entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a mudança de pandemia para endemia não ocorreria. "Nessa legislação, compete ao ministro estabelecer a duração da emergência sanitária. O ministro não tem a prerrogativa de converter pandemia em endemia. Isso não é o ministro quem faz. E ninguém decreta a pandemia. O que se faz é reconhecer o estado pandêmico, e quem reconhece é a OMS [Organização Mundial de Saúde]", explicou o ministro, dando a entender que não haverá, por parte do governo brasileiro, a mudança do status.

Como o R7 mostrou, o Ministério da Saúde articula revogar o decreto de emergência por causa da pandemia, editado em 2020. A dificuldade, porém, é dar saída para mais de duas mil normas, de estados e da União, que estão vinculadas diretamente à portaria.

Corrupção

Bolsonaro voltou a negar que há corrupção em seu governo, mas disse que procura se antecipar para evitar escândalos. Recentemente, Milton Ribeiro pediu demissão do cargo de ministro de Educação por estar no centro de uma investigação sobre pedido de propina em troca de liberação de verbas, num esquema ilegal que envolve pastores, que não têm cargos públicos.

“Eu vi na imprensa que haviam sete suspeitas de corrupção. Puxa vida. Chegaram a isso? Sete suspeitas de corrupção? Buscamos fazer a coisa certa e investimos muito na prevenção”, rebateu. “A gente sempre procura se antecipar àqueles que, de vez em quando e até por boa fé, erram. E a gente não quer o escândalo, a gente quer resolver o assunto.”

As declarações foram dadas por Bolsonaro durante cerimônia, realizada no Banco do Brasil, de lançamento de dois programas. O primeiro trata da emissão da primeira Cédula de Produto Rural voltada à preservação ambiental e o outro antecipa frete a caminhoneiros autônomos do país. Na cerimônia, Bolsonaro destacou que conversou com Guedes para viabilizar a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para mototaxistas. Recentemente, o governo zerou as taxas, mas para taxistas.

 


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