Bolsonaro diz que travou "batalha" com STF sobre passaporte da vacina

Bolsonaro diz que travou "batalha" com STF sobre passaporte da vacina

Maioria dos ministros concorda com cobrança de certificado de vacinação, que é exigido em vários países do mundo


R7

Documento que comprova a imunização contra a Covid-19

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Em discurso para uma plateia formada por empresários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira que o governo federal enfrentou uma "batalha" com o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o passaporte da vacina, documento que comprova a imunização contra a Covid-19 e é exigido para entrar na União Europeia e em diversos países.

A disputa em torno da obrigatoriedade do documento põe o governo brasileiro na contramão da maioria das economias desenvolvidas e mesmo dos governos locais. O passaporte da vacina já é adotado em ao menos 20 capitais brasileiras para a entrada em eventos.

"Enfrentamos uma batalha esta semana, com o nosso prezado advogado-geral da União, onde um ministro do Supremo dando liminar que não estava de acordo com o ornamento constitucional. O nosso prezado advogado-geral da União soube contra argumentar, entrar com recurso e chegamos naquilo que é lógico. A vacina, quem quiser tomar, toma. Quem não quer, é um direito dele. Isso se chama liberdade", disse Bolsonaro, acrescentando que tem "liberdade para comandar o país".

A maioria dos ministros do STF votou para validar a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que determinou a cobrança de certificado de vacinação de quem tenta entrar no Brasil. Em julgamento no plenário virtual, os magistrados entenderam que a quarentena de cinco dias, implantada pelo governo federal, não é suficiente para impedir o avanço da pandemia de Covid-19 no país.

Moderniza Brasil

O encontro com os empresários foi realizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República e ocorreu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista. "Estamos nos despedindo desse vírus que nos incomodou nos últimos dois anos a nós e ao mundo inteiro", disse Paulo Skaf, que foi presidente da entidade por quase 18 anos e, a partir de 2022, passa o comando para Josué Gomes da Silva.

Em sua fala, o ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, informou que a primeira conquista do governo foi a aprovação da reforma da Previdência, "abraçada por todos os cidadãos visando o bem do Brasil". "Acreditamos nos senhores [plateia de empresários] e, como diria Clarice Lispector, quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe."

A cerimônia contou com a presença dos ministros Luiz Ramos (Secretaria-Geral), Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Fábio Faria (Comunicações), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Ciro Nogueira (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Milton Ribeiro (Educação), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Gilson Machado (Turismo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Social) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública).


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