Bolsonaro e sua base criticam nas redes sociais atos contra o governo

Bolsonaro e sua base criticam nas redes sociais atos contra o governo

Manifestantes foram às ruas, no último sábado, em diversas cidades do país

AE

Presidente voltou a defender o voto impresso nas eleições de 2022

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e correligionários usaram as redes sociais para criticar os protestos deste sábado, 3, contra o governo. O presidente publicou vídeo de confronto entre policiais e manifestantes em São Paulo, e aproveitou para criticar o sistema eleitoral e a imprensa. As manifestações contra Bolsonaro ocorreram neste sábado, 3, em todo o país.

"Esse tipo de gente quer voltar ao Poder por um sistema eleitoral não auditável, ou seja, na fraude. Para a grande mídia, tudo normal", escreveu Bolsonaro. O vídeo que acompanha a postagem é da Globonews e mostra um grupo de pessoas arremessando objetos em policiais na Rua da Consolação, em São Paulo, onde foram registradas depredações de estabelecimentos e pontos de ônibus.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) usou tom de campanha em uma postagem. "Nunca foi tão fácil escolher", escreveu, com a hashtag 'Bolsonaro 2022'. A frase é legenda para um vídeo de ato a favor do pai com pessoas rezando. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, atacou o governo de João Doria com outro vídeo de policiais em choque com manifestantes: "Ainda não publicaram o valor que o governo do estado de SP gastou com as 'manifestações pacíficas' de ontem, nem o valor das multas para as pessoas que estavam sem máscaras".

Ontem à noite, Bolsonaro já havia reagido associando os episódios de violência com as críticas ao seu governo. Com uma sequência de fotos de depredações, o presidente escreveu: "Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou "ato antidemocrático" será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!"

As postagens negativas para o governo, porém, predominaram ontem, durante as manifestações. Ainda hoje, o termo "ladrão de vacina' estava entre os mais usados no Twitter, em referência à suspeita de propina em negociações para compra da vacina Astrazeneca. Dentre a base de Bolsonaro nas redes, a hashtag que mais tinha destaque era 'esquerda criminosa', que em geral reproduzia os vídeos de vandalismo em São Paulo.


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