Bolsonaro fala de falta de UTI em 2015 para criticar lockdown

Bolsonaro fala de falta de UTI em 2015 para criticar lockdown

Presidente se posicionou contra as medidas sanitárias promovidas por prefeitos e governadores

R7

Presidente criticou medidas restritivas em rede social neste domingo

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar suas redes sociais, neste domingo, para criticar os lockdowns e se posicionar contra as medidas sanitárias de distanciamento social promovidas por prefeitos e governadores para conter a disseminação do novo coronavírus.

A publicação faz referência a uma notícia divulgada no 3 de março de 2015 quando falta de leitos em UTI (Unidades de Terapia Intensiva) preocupavam o país. No mesmo post, Bolsonaro questiona: "O que aconteceu em março de 2015? A saúde no Brasil sempre teve seus problemas. A falta de UTIs era um deles e certamente um dos piores". Ele continua afirmando que "hoje, ao fecharem o comérvio e novamente te obrigar a ficar em casa, vem o desemprego em massa com consequências desastrosas para o país".

Mais cedo o presidente já havia compartilhado um vídeo gravado por uma empresária que critica a decisão do governo do Distrito Federal de adotar lockdown, alegando que "lockdown mata!". Na legenda do post, o presidente escreve "O povo quer trabalhar" e "Brasília/DF".

Nas imagens, a empresária faz um depoimento dirigido ao governador Ibaneis Rocha (MDB) que condena o fechamento de comércio e serviços, falando "em nome dos meus funcionários e da minha empresa". "Tivemos um ano difícil e agora que estamos alavancando novamente o senhor vem e fecha tudo. Não faça isso governador, precisamos trabalhar", afirma.

Na sexta-feira, o governo do Distrito Federal determinou o fechamento de todos os serviços não essenciais a partir da 0h do sábado (27), para conter o avanço do novo coronavírus. A decisão foi tomada após a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) específicos para pacientes com a Covid-19 beirar o limite. O índice estava em 98% no fim da tarde desta sexta. A medida vai até 15 de março.


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