Bolsonaro fala em pagar auxílio emergencial "por mais alguns meses"

Bolsonaro fala em pagar auxílio emergencial "por mais alguns meses"

Presidente disse que os pagamentos do benefício representam "um endividamento muito grande" ao Brasil

R7 e AE

Presidente disse que os pagamentos do benefício representam "um endividamento muito grande" ao Brasil

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No momento em que as conversas entre governo e Congresso sinalizam para novas rodadas de pagamento do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o benefício criado para auxiliar famílias em meio à pandemia do novo coronavírus "não pode ser eterno". 

"No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estuda a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial. E repito, o nome é emegencial. Não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande ao nosso País", disse Bolsonaro durante cerimônia para a entrega de títulos de propriedade na cidade de Alcântara (MA).

Conforme mostrou o Broadcast Político, para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a retomada do benefício em valor reduzido - de R$ 200 por três meses - está condicionada à aprovação do Orçamento de 2021 e das propostas em tramitação no Senado que preveem corte de gastos. Além disso, Guedes quer segurança jurídica para a retomada do auxílio, o que seria dado por uma cláusula de calamidade ou nova edição da PEC do orçamento de guerra.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que saia uma nova rodada do auxílio emergencial. Lira afirmou que "Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável" para o retorno do benefício.

Bolsonaro, em seguida, afirmou que "entendíamos, juntamente com Parlamento - deputados e senadores aqui presentes que votaram favorável nestas questões - que havia a necessidade" de uma nova rodada de auxílio. "Porque, junto com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho e vocês necessitavam de algo para ajudá-los na sobrevivência", completou.

Acompanham o presidente os ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e do Turismo, Gilson Machado, bem como o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), nome cotado para disputar o executivo estadual e opositor do atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Rocha é também defensor de imposto similar à extinta CPMF como forma de financiar programas de distribuição de renda.


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