Bolsonaro não pretende tirar Pazuello do comando da Saúde

Bolsonaro não pretende tirar Pazuello do comando da Saúde

Presidente tem dificuldades de achar um nome para ocupar a pasta

R7

Eduardo Pazuello participou, nesta terça-feira, de uma coletiva no Palácio Piratini

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Apesar de pressões e da interinidade do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro não tem intenções de trocar o comando da pasta, ao menos não no curto prazo. Desde que assumiu, em 15 de maio, com a demissão de Nelson Teich, o até então secretário executivo da Saúde é visto como uma solução provisória, tanto é que foi nomeado oficialmente como interino em 3 de junho, e não como titular. Bolsonaro, no entanto, tem dificuldades de achar um nome para ocupar a pasta após as traumáticas saídas de Mandetta e Teich.

O próprio Pazuello teria deixado claro ao presidente que sua missão seria temporária, de até 90 dias, que vencem em 15 de agosto. A situação gerou articulações de partidos do centrão, base aliada do presidente no Congresso, que sugerem nomes para o comando, como do deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), médico e presidente da frente parlamentar de Medicina. Esta não é a primeira vez que o nome do parlamentar é apresentado ao presidente. 

Pazuello, no entanto, pode estender a permanência se houver apelo do presidente. Ele enfrentou o auge das críticas até agora durante a crise pública com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, há duas semanas, quando Mendes disse que o Exército estava "se associando a um genocídio".

Naquele momento aumentaram as pressões dos próprios militares para que ele deixasse o cargo. Eles defendem que para se manter na pasta o general deveria ir para a reserva, assim como fez o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Pazuello, no entanto, não teria intenções de encerrar a carreira militar. 


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