Bolsonaro nega que Miranda tenha avisado sobre corrupção na compra de vacinas

Bolsonaro nega que Miranda tenha avisado sobre corrupção na compra de vacinas

Presidente reafirmou pedir investigação da PF contra o deputado

R7

Presidente confirmou encontro, mas negou denúncia

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, durante sua live semanal, que o deputado Luís Miranda (DEM-DF) não o avisou sobre qualquer corrupção na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19. Ele voltou a rebater as acusações e reafirmou que pediu investigação da Polícia Federal contra o deputado por denunciação caluniosa. Bolsonaro ainda confirmou que se encontrou com o deputado no dia 20 de março, mas não deu detalhes sobre a conversa. 

"Foi uma coisa que aconteceu, ele não falou nada de corrupção em andamento. Tem nada, tem nada. Passaram quatro cinco meses depois que ele conversou comigo – conversou sim, não vou negar isso aí – e não aconteceu nada", afirmou o presidente. 

A versão contradiz o parlamentar, que diz ter avisado Bolsonaro no mesmo dia sobre o favorecimento a empresas e superfaturamento na compra de R$ 1,6 bilhão da vacina. Ele teria sido informado pelo irmão, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, que disse ao MPF (Ministério Público Federal) ter sido pressionado de forma atípica para agilizar as negociações. 

A Covaxin foi o imunizante com o maior preço por dose negociado pelo governo até agora mas, após meses de tentativas, ainda não conseguiu a aprovação ampla da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Miranda e seu irmão darão depoimento nesta sexta-feira à CPI da Covid, que mudou o foco depois da crise revelada pelas denúncias da dupla e a abertura de investigação pelo MPF da compra. 

 


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