Brigada Militar explica aumento de gastos durante a pandemia na Assembleia Legislativa

Brigada Militar explica aumento de gastos durante a pandemia na Assembleia Legislativa

Chefe do Estado-Maior, coronel Cristine Rasbold, destacou que recursos foram direcionados para adequar os hospitais para o atendimento aos casos da Covid-19

Cláudio Isaías

Hospital da BM passou a contar com uma UTI para Covid-19 e ainda teve a contratação duas equipes para o atendimento

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Os departamentos de saúde dos hospitais da Brigada Militar, em Porto Alegre, e na cidade de Santa Maria, tiveram um aumento abrupto de gastos com a compra de medicamentos e de itens de prevenção para o combate da pandemia do coronavírus. A informação é da chefe do Estado-Maior, coronel Cristine Rasbold, que nesta quarta-feira participou da reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.

Segundo ela, a doença foi atacada desde o início com a instalação de um gabinete de crise na Brigada Militar e recursos financeiros foram direcionados para adequar os órgãos de saúde da corporação para o atendimento aos casos da Covid-19. "Na pandemia, foram tomadas ações para tornar o Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre um hospital de referência e de suporte para todos os profissionais da pasta da segurança pública", ressaltou.

De acordo com Cristine Rasbold, foi implementada uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19 no hospital, a contratação de uma equipe para trabalhar na UTI e a contratação de uma segunda equipe para trabalhar em um pronto atendimento 24 horas da instituição de saúde.  

Os deputados da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa - Zilá Breitenbach (PSDB), Valdeci Oliveira (PT), Thiago Duarte (DEM) e Gabriel Souza (MDB) ouviram o Comando-Geral da Brigada Militar sobre relatos de que o serviço de pediatria do hospital da Brigada Militar de Santa Maria deixaria de prestar atendimento pelo IPE. Segundo os deputados, a medida seria para gerar economia para cobrir os custos de aparelho cirúrgico robótico adquirido pelo hospital da Brigada Militar de Porto Alegre.

A chefe do Estado-Maior, coronel Cristine Rasbold, explicou que todas as decisões referentes aos hospitais da Brigada haviam sido tomadas de forma compartilhada. Ela disse que o enfrentamento à Covid-19 resultou em um aumento de gastos que demandou uma reestruturação e que os próprios hospitais em Porto Alegre e Santa Maria haviam indicado suas possibilidades de cortes. Ela destacou uma série de medidas adotadas para possibilitar melhor atendimento aos 20 mil integrantes da corporação.

Segundo a coronel, o plantão pediátrico atendia antes da pandemia, no ano passado, a uma média de 17 pacientes por dia, número que caiu para menos de cinco este ano. Ela informou que a manutenção do serviço havia se tornado onerosa devido à baixa demanda e que foi decidido pela rescisão do contrato emergencial.

Conforme Cristine Rasbold, o objetivo não era extinguir o serviço, mas encaminhar um novo processo licitatório prevendo 12 horas diárias. O deputado Valdeci Oliveira reforçou a necessidade de atenção aos pacientes que pudessem vir a ficar desassistidos. O deputado Thiago Duarte elogiou o comando da Brigada Militar pela transparência e pelos serviços prestados.


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