Câmara de Vereadores mantém regime de urgência em projeto de Marchezan

Câmara de Vereadores mantém regime de urgência em projeto de Marchezan

Municipários pressionaram parlamentares para que cada proposta passe normalmente nas comissões da Casa

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Câmara de Vereadores mantém regime de urgência em projeto de Marchezan

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Por 21 votos a 13, a Câmara Municipal de Porto Alegre manteve, nesta quarta-feira, o regime de urgência à proposta encaminhada pelo Executivo que busca alterar a concessão de licença especial de aposentadoria dos servidores. O mérito da proposta ainda precisa ser analisado, em até 45 dias.

O prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) encaminhou um pacote solicitando a urgência em 16 textos. Passível de questionamento, o pedido de Marchezan é analisado em partes pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes da votado em plenário. Para os primeiros seis, incluindo o que reajusta o IPTU e muda a data de pagamento de salário e do 13º dos servidores, a CCJ rejeitou a tramitação de urgência, por quatro votos a dois.

Com as galerias lotadas, os municipários passaram a tarde pressionando os vereadores a derrubarem a urgência. Nessa hipótese, cada proposta precisa passar normalmente nas comissões da Câmara, o que torna a tramitação mais demorada. O Sindicato dos Municipários (Simpa) já indicou que se as matérias tramitarem com celeridade na Casa, uma greve pode ser deflagrada.

Polêmica

Após quase cinco horas de sessão, o plenário manteve, em votação nominal, o regime de urgência no primeiro dos seis projetos do pacote de Marchezan analisado nesta quarta. Porém, ao término da votação, o vereador Ricardo Gomes (PP) apresentou uma questão de ordem, solicitando que o resultado da votação seja estendido para os outros cinco projetos do Executivo abrangidos pelo mesmo parecer da CCJ.

Com a questão de ordem, cabe ao presidente da Câmara, vereador Valter Nagelstain (MDB) acatar, monocraticamente, o pedido. “Eu vou decidir até o final da semana e encaminhar a decisão aos demais vereadores. É minha a decisão de estender (regime de urgência) aos outros ou não. Não estou entrando no mérito das questões, de nenhum dos projetos, estou apenas examinado se assiste ao Executivo pedir a prerrogativa de urgência nos projetos ou não”, declarou.

Antes de a votação começar, a vereadora Sofia Cavedon (PT) questionou a presidência da Casa se havia risco de o resultado de uma votação ser estendido aos outros cinco textos. Caso Nagelstein acolha pedido do progressista, Sofia promete recorrer à Justiça para barrar a decisão.

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