"Campanha contra Lava Jato beira o ridículo", diz Moro

"Campanha contra Lava Jato beira o ridículo", diz Moro

Ministro relacionou crítica com a série de reportagens do site The Intercept

R7

Moro diz não reconhecer autenticidade das mensagens publicadas pelo The Intercept

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira em seu Twitter que a campanha contra a Lava Jato "beira o ridículo". A publicação do integrante do governo faz referência a série de reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil, que está divulgando supostas mensagens de Moro com procuradores da operação. No post, ele diz que defende a liberdade de imprensa, mas que "convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem".

O último vazamento foi feito nesta terça, pela colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo. Segundo a publicação, procurador Deltan Dallagnol teria pedido passagem e hospedagem no parque aquático Beach Park, em Fortaleza (CE), para ele, a mulher e os dois filhos, em troca de dar uma palestra sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em julho de 2017. As mensagens mostram ainda que Dallagnol teria, também, cobrado cachê de cerca de R$ 30 mil pela participação no evento. 

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Nessa segunda-feira, o blogueiro Reinaldo Azevedo publicou que Dallagnol teria pedido a Moro a liberação de R$ 38 mil para um vídeo contra a corrupção, pelas dez medidas propostas pelo governo. O dinheiro sairia dos cofres da 13º Vara Federal de Curitiba. Segundo a troca de mensagens, Moro teria dito que se a quantia fosse esta, achava que seria possível. 

O primeiro vazamento aconteceu no dia 9 de junho deste ano. Moro foi à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e do Senado prestar esclarecimentos sobre o assunto. O ministro afirma que não reconhece a autenticidade dos diálogos. 

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou no dia 19 de junho de junho  afirmou que Moro é "patrimônio nacional". Bolsonaro também colocou em dúvida os conteúdos divulgados, dizendo que "ninguém tem certeza da fidelidade do que está publicado". 


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