Candidato ao comando da Câmara sem agenda liberal não tem chance de vencer, diz Maia

Candidato ao comando da Câmara sem agenda liberal não tem chance de vencer, diz Maia

Atual presidente da Casa ajudou no avanço de reformas no governo Bolsonaro

AE

Candidato ao comando da Câmara tem que concordar com agenda liberal, afirma Rodrigo Maia

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que um candidato à sua sucessão, para as eleições de fevereiro do ano que vem, sem agenda liberal não terá chance de vitória. "A minha opinião é que nenhum candidato a presidente da Câmara que não defenda uma agenda liberal na economia tem chance de sair vitorioso no plenário da Câmara", disse o deputado em evento promovido pelo Banco Itaú nesta sexta-feira. "A gente está vendo movimentos, e sabe que esses movimentos estão trazendo deputados que querem a presidência para um discurso que nunca fizeram", afirmou.

Maia ressaltou que, no sistema do País, o presidente da Câmara tem um papel decisivo no avanço de reformas estruturantes. "É claro que eu vou sempre defender um presidente da Câmara que garanta a harmonia dos Poderes, mas principalmente sua independência. Uma segunda questão que a gente vai ter que saber é se no exercício da presidência ele vai ser um presidente que vai assumir esse papel. Como eu disse, no sistema brasileiro, é fundamental. Não tem como avançar reformas sem a participação efetiva do presidente da Câmara no parlamento brasileiro", afirmou.

O presidente da Câmara também afirmou que a base do governo precisa pensar em soluções para o próximo ano diante do cenário de crise. Ele quer retomar a pauta do Legislativo depois do fim do primeiro turno das eleições municipais no dia 16, mas disse estar em dúvida sobre qual é a posição do governo em relação aos projetos.

"Não sei se teremos céu de brigadeiro ou com muita turbulência. Hoje eu acho que teremos mais turbulência porque o governo não é só a equipe econômica e não sabemos qual vai ser a posição do governo em questões muito difíceis e polêmicas", disse no evento organizado pelo banco Itaú.

Ele voltou a fazer a defesa do teto de gastos e disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai ter de ter capacidade para convencer governo e sua base sobre a importância de não se furar a regra. "Eu acho que o grande desafio é a gente conseguir tirar a inércia dos gastos extraordinários de 2020", disse. "Guedes vai ter de ter capacidade de mostrar que é impossível esse furinho no teto", disse.

Governo Bolsonaro

Maia disse ainda que os próximos seis meses serão decisivos para o fortalecimento ou enfraquecimento do governo do presidente Jair Bolsonaro. "Se o governo não organizar o Estado, abrirá espaço para que outras correntes possam pensar em construir suas candidaturas para 2022", afirmou.


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