Carmén Lúcia autoriza Tolentino a silenciar durante depoimento na CPI da Covid

Carmén Lúcia autoriza Tolentino a silenciar durante depoimento na CPI da Covid

Senadores acreditam que ele é um sócio oculto da Fib Bank

R7

Roberto Ramos Jr confirmou a relação na CPI

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A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, deferiu parcialmente a liminar requerida para assegurar ao empresário Marcos Tolentino o direito de não produzir provas contra si mesmo. Ele poderá ficar em silêncio ao ser inquirido pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid. Com a decisão, Tolentino não é obrigado a  responder questionamentos relativos a informações recebidas por força de sigilo profissional, decorrentes de relação firmada como advogado.

Os senadores afirmam que ele é o sócio oculto da Fib Bank. Ele nega. Porém no depoimento, da última quarta-feira, o presidente da empresa Roberto Júnior reforçou a relação do advogado com a instituição. Ele afirmou que Tolentino é procurador de uma das empresas acionistas da FIB Bank, e os senadores ainda apontaram que a MB Guassu tem como endereço a localização do escritório do advogado. Em 12 de agosto, quando Ricardo Barros prestou depoimento à CPI, Tolentino o acompanhou.

FIB Bank

O diretor-presidente da empresa FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior, afirmou em depoimento à CPI que Tolentino é procurador de uma das empresas que compõem o capital social da FIB Bank. Marcos Tolentino é amigo do deputado federal e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e chegou a acompanhar o parlamentar durante o depoimento à comissão no último dia 12.

Ramos Júnior afirmou que o advogado é procurador da Pico do Juazeiro, uma das acionistas da FIB Bank. Ainda de acordo com Ramos Júnior, a FIB Bank — que, apesar do nome, não atua como banco, e sim como uma prestadora de garantias fidejussórias (garantias pessoais) — foi fundada pela Pico do Juazeiro e pela MB Guassu.


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