Comissão do Senado aprova convite para ministro explicar atuação de pastores no MEC

Comissão do Senado aprova convite para ministro explicar atuação de pastores no MEC

Em áudio, Milton Ribeiro diz que prioriza pedidos de pastor a pedido do presidente Bolsonaro; inicialmente ministro seria convocado

R7

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A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta quinta-feira (24) o convite para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, explique a atuação de pastores na liberação de recursos para prefeituras. O caso ganhou força nos últimos dias depois que foi revelado um áudio em que o chefe da pasta diz que prioriza pedidos de um pastor por solicitação do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Inicialmente, Ribeiro seria convocado para falar ao Senado, mas o requerimento foi transformado em convite. Na prática, a convocação tem caráter coercitivo e, por esse motivo, é mais desgastante politicamente.

No áudio revelado pela imprensa, Ribeiro afirma que as prioridades dele são “atender primeiro os municípios que mais precisam” e “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”. "Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão de Gilmar. Apoio. Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser (inaudível) é apoio sobre construção das igrejas", disse Ribeiro, em áudio revelado pela imprensa.

Após a divulgação do áudio, o ministro declarou que o presidente não pede atendimentos preferenciais à pasta e que os recursos seuem a previsão orçamentária. Ribeiro afirmou que recebe solicitações de recursos intermediados por parlamentares, governadores, prefeitos, universidades, associações públicas e privadas. “Todos são encaminhados para avaliação das respectivas áreas técnicas, de acordo com legislação e baseada nos princípios da legalidade e impessoalidade.”

O ministro disse que não há possibilidades de favorecimento devido à formação religiosa como pastor. “Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação). [...] Reafirmo meu compromisso com a laicidade do Estado”, declarou.


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