Comissão vai apurar conduta de 10 ministros e meme de presidente da EBC
Laerte Rimoli pediu desculpas à atriz Taís Araújo e sua família por ter compartilhado post inadequado
publicidade
Foi aberto também processo para investigar a conduta ética da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que teria recebido diárias de viagens a trabalho em dias que ela não trabalhou. Todos têm dez dias de prazo para apresentarem as respectivas defesas.
Esclarecimentos
A comissão pediu esclarecimentos à ministra. “Antes de mais nada, queremos ouvir a ministra para que ela possa restaurar as informações devidas e a comissão fará seu juízo se houve ou não infração ética”, disse o presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes. Procurada, a assessoria da ministra afirmou que ela ainda aguarda a notificação oficial e que “vai cooperar com o processo de apuração, conforme prevê a legislação”.
Sobre o uso de aviões da FAB, Mauro Menezes disse que a comissão vai apurar se os ministros usaram as aeronaves para fins pessoais. "Abrimos um procedimento para que cada um desses ministros justifique não apenas a utilização das aeronaves da FAB em relação a essas viagens, como também se essas viagens, tidas como viagens a serviço, foram aproveitadas como tais ou se foram em parte desviadas para outras atividades de interesse político-partidário", afirmou Mauro Menezes,
O procedimento aberto pela Comissão de Ética nesta segunda vai apurar a conduta dos seguintes ministros: Helder Barbalho (Integração Nacional); Leonardo Picciani (Esporte); Ricardo Barros (Saúde); Ronaldo Nogueira (Trabalho); Marcos Pereira (Desenvolvimento, Indústria e Comércio); Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações); Mendonça Filho (Educação); Osmar Terra (Desenvolvimento Social); Sarney Filho (Meio Ambiente).
Mauro Menezes explicou que a abertura de um processo não indica que cometeram infrações de natureza ética. O procedimento, acrescentou, servirá para esclarecer os fatos. "As viagens a serviço continuam e elas precisam ser objeto de prestação de contas permanentes", disse Menezes.
Criada em 1999, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, a Comissão de Ética apura a conduta de integrantes da alta administração pública federal. A comissão analisa, por exemplo, casos em que há suspeita de conflito de interesse.
Caso entenda que houve infração ética por conta de um agente, a comissão pode aplicar desde uma advertência até recomendar a exoneração. A recomendação é feita ao presidente da República. Cabe a ele acolher ou não a recomendação da comissão.