Comitiva pede intervenção do Estado junto ao governo federal para superar a estiagem

Comitiva pede intervenção do Estado junto ao governo federal para superar a estiagem

Principal pedido é para que governo reconheça a situação de emergência

Henrique Massaro

Bagé é uma das cidades que enfrenta o problema da estiagem

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Uma comitiva formada por representantes de municípios gaúchos que recentemente decretaram situação de emergência devido à estiagem veio a Porto Alegre pedir intervenção do Estado junto ao Governo Federal para superar o problema. Na manhã desta quarta-feira, depois de ser debatido na reunião ordinária da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, o assunto foi formalizado em uma pauta única, que, agora, deve ser repassada ao Executivo Estadual.

O deputado Adolfo Brito (PP), que preside a Comissão, afirma que diversos apontamentos foram feitos. Um dos principais é de que o Ministério da Integração Nacional possa assumir responsabilidade para distribuição de produtos como óleo diesel e recursos para abertura de poços artesianos, além de abrir a possibilidade de repasse de uma bolsa estiagem para famílias com maiores dificuldades em cada município.

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Outro ponto sugerido, conforme Brito, é a solicitação de crédito a fundo perdido de R$ 2 mil por família, nos casos de maior dificuldade. Ainda de acordo com o deputado, o Banco do Brasil, uma das entidades financeiras representadas na reunião, se propôs a receber a pauta única e colaborar no que for possível no caso de ocorrer uma normativa vindo de Brasília. Ele também afirma que a Defesa Civil deve emitir documento com todos os municípios que ficarão em decreto de emergência e acredita que o número deve passar de 20.

“Queremos que o governo reconheça a nossa situação de emergência”, disse o vereador Vinícius Araújo (MDB), de Camaquã, que afirma que seu município tem sido atingido diretamente na produção de milho, tabaco e soja. De acordo com o vereador, a falta de abastecimento de água potável nas nascentes se agravou principalmente nos últimos dois meses.

Ele e os outros vereadores de Camaquã presentes na reunião de ontem - Ilson Meireles (PP), Paulinho Bicicletas (PRB) e Marcelo Gouveia (PSB) -, entendem que o auxílio do Executivo pode vir, por exemplo, através do empréstimo de máquinas para abertura de poços artesianos e microaçudes.

“Vai refletir na economia, nosso estado vive do agronegócio”, afirmou Araújo. Também presente no encontro, o prefeito de Amaral Ferrador, Nataniel Satiro, disse que os principais pedidos ao governo passam por assistência e abastecimento de água. De acordo com ele, seu município é, até aqui, o mais atingido pela estiagem, tendo afetado 50% da produção de tabaco. Ainda segundo o prefeito, há casos de produtores de milho que perderam 100% da lavoura.

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