Confira os nomes incluídos no relatório final da CPI da Covid
Ao total, são 79 pessoas e duas empresas. Documento está sendo votado nesta terça-feira
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 vota nesta terça-feira o relatório final, elaborado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL). No total, é sugerido o indiciamento de 79 pessoas e duas empresas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, quatro ministros, deputados.
Após reunião do grupo majoritário da comissão, na última segunda-feira, Calheiros acrescentou mais dez nomes, além dos que já estavam no relatório lido na semana passada. Nesta terça, também houve a inclusão, logo no início da sessão, dos nomes do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do estado Marcellus Campêlo.
A inclusão dos nomes foi um pedido do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que havia apresentado um voto em separado no qual pedia o indiciamento apenas dos dois e votava pela rejeição do relatório de Calheiros. Com os nomes no relatório, Braga retirou o voto em separado e deve votar de forma favorável ao relatório.
Durante a sessão, Calheiros acrescentou o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) ao documento. Integrante da comissão, Heinze aparece agora no documento como responsável por incitação ao crime pela divulgação de informações falsas no âmbito da pandemia. A questão foi retirada, posteriormente, entretanto.
Confira todos os nomes e crimes atribuídos a eles pela CPI:
1) Jair Messias Bolsonaro - presidente da República. Crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma; violação de direito social; e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo, ambos crimes de responsabilidade.
2) Eduardo Pazuello - ex-ministro da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; comunicação falsa de crime; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma.
3) Marcelo Queiroga - ministro da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte; e prevaricação.
4) Onyx Lorenzoni - ministro do Trabalho e Previdência. Crimes: incitação ao crime; e crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma.
5) Ernesto Araújo - ex-ministro das Relações Exteriores. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.
6) Wagner Rosário - ministro-chefe da Controladoria-Geral da União. Crime: prevaricação.
7) Antônio Elcio Franco Filho - ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa.
8) Mayra Isabel Correia Pinheiro - secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e crime contra a humanidade.
9) Roberto Ferreira Dias - ex-diretor de logística do Ministério da Saúde. Crimes: corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.
10) Cristiano Alberto Hossri Carvalho - representante da Davati no Brasil. Crime: corrupção
ativa.
11) Luiz Paulo Dominghetti Pereira - apontado como vendedor autônomo de vacinas da Davati. Crime: corrupção ativa.
12) Rafael Francisco Carmo Alves - intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.
13) José Odilon Torres da Silveira Júnior - intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.
14) Marcelo Blanco da Costa - ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.
15) Emanuela Batista de Souza Medrades - diretora-executiva e responsável técnica farmacêutica da empresa Precisa Medicamentos. Crimes: falsidade ideológica; uso de documento falso; fraude processual; formação de organização criminosa; e improbidade administrativa.
16) Túlio Silveira - consultor jurídico da empresa Precisa. Crimes: falsidade ideológica; uso de documento falso; e improbidade administrativa.
17) Airton Antonio Soligo - ex-assessor especial do Ministério da Saúde. Crime: usurpação de função pública.
18) Francisco Emerson Maximiano - sócio da empresa Precisa. Crimes: falsidade ideológica; uso de documento falso; fraude processual; fraude em contrato; formação de organização criminosa; e improbidade administrativa.
19) Danilo Berndt Trento - Sócio da empresa Primarcial Holding e Participações Ltda e diretor de relações institucionais da Precisa. Crimes: fraude em contrato; formação de organização criminosa; e improbidade administrativa.
20) Marcos Tolentino da Silva - advogado e sócio oculto da empresa FIB Bank. Crimes: fraude em contrato; formação de organização criminosa; e improbidade administrativa.
21) Ricardo José Magalhães Barros - deputado federal, líder do governo na Câmara. Crimes: incitação ao crime; advocacia administrativa; formação de organização criminosa; e improbidade administrativa.
22) Flávio Bolsonaro - senador da República, integrante da CPI da Covid e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.
23) Eduardo Bolsonaro - deputado federal e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.
24) Bia Kicis - deputada federal, aliada de Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.
25) Carla Zambelli - deputada fedreal. Crime: incitação ao crime.
26) Carlos Bolsonaro - vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.
27) Osmar Gasparini Terra - deputado federal, aliado de Bolsonaro. Crimes: epidemia com resultado morte; e incitação ao crime;
28) Fábio Wajngarten - ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo federal. Crimes: prevaricação; e advocacia administrativa.
29) Nise Hitomi Yamaguchi - médica participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.
30) Arthur Weintraub - ex-assessor da Presidência da República e participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.
31) Carlos Wizard Martins - empresário e e participante do gabinete paralelo. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.
32) Paolo Marinho de Andrade Zanotto - biólogo e participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.
33) Antônio Jordão de Oliveira Neto - biólogo e participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.
34) Luciano Dias Azevedo - médico e participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.
35) Mauro Luiz de Brito Ribeiro - presidente do Conselho Federal de Medicina (CRM). Crime: epidemia com resultado morte.
36) Walter Souza Braga Netto - ministro da Defesa e ex-ministro-chefe da Casa Civil. Crime: epidemia com resultado morte.
37) Allan Lopes dos Santos - blogueiro suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
38) Paulo de Oliveira Eneas - editor do site Crítica Nacional suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
39) Luciano Hang - empresário suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
40) Otávio Oscar Fakhoury - empresário suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
41) Bernardo Kuster - diretor do Jornal Brasil Sem Medo, suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
42) Oswaldo Eustáquio - blogueiro suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
43) Richards Pozzer - artista gráfico supeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
44) Leandro Ruschel - jornalista suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
45) Carlos Jordy - deputado federal, aliado do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.
46) Filipe Martins - assessor especial para assuntos internacionais do presidente da República. Crime: incitação ao crime.
47) Técio Arnaud Tomaz - assessor especial da Presidência da República. Crime: incitação ao crime.
48) Roberto Goidanich - ex-presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). Crime: incitação ao crime.
49) Roberto Jefferson - político suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.
50) Hélcio Bruno de Almeida - presidente do Instituto Força Brasil (IFB). Crime: incitação ao crime.
51) Raimundo Nonato Brasil - Sócio da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa; e improbidade administrativa.
52) Andreia da Silva Lima - diretora-executiva da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa; e improbidade administrativa.
53) Carlos Alberto de Sá - sócio da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa
54) Teresa Cristina Reis de Sá - sócia da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa
55) José Ricardo Santana – ex-secretário da Anvisa. Crime: formação de organização criminosa
56) Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria - lobista. Crime: formação de organização criminosa
57) Daniella de Aguiar Moreira da Silva – médica da Prevent Senior. Crime: tentativa de homicídio.
58) Pedro Benedito Batista Júnior – diretor-executivo da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
59) Paola Werneck – médica da Prevent Senior. Crime: perigo para a vida ou saúde de outrem
60) Carla Guerra - médica da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
61) Rodrigo Esper - médico da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
62) Fernando Oikawa - médico da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
63) Daniel Garrido Baena – médico da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica
64) João Paulo Barros – médico da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica
65) Fernanda de Oliveira Igarashi - médica da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica
66) Fernando Parrillo - dono da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
67) Eduardo Parrillo - dono da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e contra a humanidade
68) Flávio Adsuara Cadegiani – médico que fez estudo com proxalutamida. Crime: crime contra a humanidade
69) Wilson Miranda Lima – governador do Amazonas. Crime: epidemia com resultado morte, prevaricação e crimes de responsabilidade
70) Marcellus José Barroso Campêlo – ex-secretário estadual de Saúde do Amazonas. Crime: prevaricação
71) Heitor Freire de Abreu – ex-subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil e ex-coordenador do Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19. Crime: epidemia com resultado morte
72) Marcelo Bento Pires – assessor do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa
73) Alex Lial Marinho – ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa
74) Thiago Fernandes da Costa - assessor técnico do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa
75) Regina Célia Oliveira – fiscal de contrato no Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa
76) Hélio Angotti Netto – secretário de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos em saúde, do Ministério da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime
77) José Alves Filho – dono do grupo José Alves, do qual faz parte a Vitamedic. Crime: epidemia com resultado morte
78) Amilton Gomes de Paula, reverendo Amilton. Crime: tráfico de influência
79) Precisa Comercialização de Medicamentos. Crime: ato lesivo à administração pública
80) VTC Operadora Logística VTCLog - Crime: ato lesivo à administração pública
81) Luis Carlos Heinze – senador da república. Crime: incitação ao crime por disseminação de fake news