Conselho de Ética: investigação contra Chico Rodrigues depende de Alcolumbre

Conselho de Ética: investigação contra Chico Rodrigues depende de Alcolumbre

Flagrado com dinheiro na cueca, senador pediu licença do mandato por 90 dias, mas ampliou para 121 dias

AE

Investigação contra Chico Rodrigues depende do presidente do Senado

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Pressionado para abrir uma investigação contra o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT), defendeu a reativação do colegiado. O parlamentar afirmou, porém, que a decisão de autorizar as reuniões da comissão cabe à Mesa Diretora da Casa.

Flagrado com dinheiro na cueca e acusado de desviar recursos da Covid-19, Chico Rodrigues pediu uma licença do mandato por 90 dias, conforme antecipou o Broadcast Político/Estadão, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Nos bastidores, o pedido é visto como uma articulação para blindar o parlamentar. Em entrevista no Senado, Jayme Campos afirmou que a licença não interfere na avaliação do caso pelo colegiado.

A representação contra Rodrigues, protocolada pelos partidos Rede e Sustentabilidade, foi encaminhada para uma análise preliminar da Advocacia do Senado. Após esse parecer, o presidente do conselho pode decidir abrir ou não a investigação que pode resultar na cassação do parlamentar.

A estratégia da cúpula do Senado é derrubar o afastamento determinado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e empurrar o caso para o Conselho de Ética - paralisado durante a pandemia de Covid-19.

"Não vão vamos ser omissos. Todas as providências foram dadas", declarou o presidente do colegiado, afirmando que recebeu a representação contra o colega na sexta-feira, 16, e encaminhou o documento à Advocacia na segunda-feira.

A decisão de reativar o colegiado cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está em silêncio sobre o caso desde que o escândalo estourou na semana passada. De acordo com Jayme Campos, o pedido de reativação cabe aos líderes partidários.

"Eu não disse que não pode (o conselho funcionar). Eu acho que pode e deveria. Todavia, não cabe a mim. Aqui, são 81 senadores", declarou Campos.


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