CPI aprova nova convocação do ministro Marcelo Queiroga

CPI aprova nova convocação do ministro Marcelo Queiroga

Se oitiva for marcada, será o terceiro depoimento do ministro da Saúde

R7

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou nesta quinta-feira (7) uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à comissão. Se a oitiva for marcada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM), será a terceira ida do ministro à CPI. A questão é debatida há semanas dentre os senadores do grupo majoritário, com incentivo principal do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas não havia consenso entre os parlamentares. 

O que ajudou a pressionar a aprovação do requerimento convocando Queiroga foi a notícia sobre a retirada de pauta da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) a discussão sobre o relatório contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina em pacientes com Covid-19 ou com suspeita da doença que foi elaborado pelo grupo técnico. 

O documento já estava pronto para discussão e concluiu que "azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19". Oficialmente, a alegação do Ministério da Saúde é que o documento carece de aprimoramento, mas, nos bastidores, a informação é que a ordem veio "de cima". O senador Randolfe Rodrigues diz acreditar que houve uma ordem que partiu de dentro do Palácio do Planalto.

O ministro Queiroga é pressionado desde que assumiu o cargo para rever os protocolos de tratamento de pacientes com Covid-19. Em sua primeira ida à CPI, evitou falar de forma contrária à cloroquina, dizendo que era preciso aguardar análise da Conitec. A postura do ministro se dá diante do fato de o presidente Jair Bolsonaro ser um dos grandes incentivadores do uso de medicamentos ineficazes contra Covid-19.

"Se o senhor passou 15 dias nos Estados Unidos e já está de volta é porque o senhor teve a oportunidade de tomar a vacina. Por isso que o senhor está vivo. Infelizmente, quase 600 mil pessoas que morreram no Brasil foi por causa do tratamento precoce, que hoje a Conitec não está discutindo", afirmou Omar Aziz. 


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