CPI critica pronunciamento de Bolsonaro sobre vacinas: "Atraso fatal e doloroso"
Nota pública citou discurso negacionista adotado pelo governo federal desde março de 2020
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A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado criticou o pronunciamento de Bolsonaro sobre as vacinas, na noite desta quarta-feira. Em nota pública assinada entre outros pelo presidente Omar Aziz e pelo relator Renan Calheiros, os membros classificaram a manifestação como "atraso fatal e doloroso".
Nota oficial: A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’...
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) June 3, 2021
Na noite desta quarta-feira, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional, no qual prometeu vacinas para todos os brasileiros até o fim do ano. A nota afirma que o atraso de 432 dias é indefensável após a morte de quase 470 mil brasileiros, e que este tom era esperado em março de 2020, quando a Covid-19 chegou ao país.
O texto prossegue afirmando que houve opção deliberada do governo para desqualificar vacinas e sabotar a ciência, e que a mudança de postura foi consequência do trabalho da comissão e da pressão da sociedade contra o negacionismo e obscurantismo. E encerrou manifestando pesar pelas mortes no país: "A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas".