CPI da Covid: "Acusações partem de pessoas desqualificadas", diz Roberto Dias

CPI da Covid: "Acusações partem de pessoas desqualificadas", diz Roberto Dias

Diretor do Ministério da Saúde foi exonerado em junho após denúncia de que teria pedido propina em negociação por vacina

R7

Roberto Ferreira Dias afirmou à CPI da Covid que seus acusadores mentem e têm reputação questionável

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O ex-diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias afirmou à CPI da Covid, nesta quarta-feira, que seus acusadores mentem e têm reputação questionável.

"Estou sendo vítima de ataques contra minha honra e credibilidade por duas pessoas desqualificadas, sem que nada fosse provado", afirmou o ex-servidor, exonerado do cargo em junho depois da denúncia do polícial militar Luiz Paulo Dominguetti, reforçada na CPI na semana passada, de que ele teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal.

"Todas as falsas acusações se ligam ao deputado federal Luís Miranda [DEM-DF]", afirmou. "A primeira, por seu irmão, que o subsidiou equivocadamente com documentos, que provacaram uma grande confusão. A segunda, tão sem pé nem cabeça quanto a primeira, mostrou existir vínculo entre o senhor Cristiano (CEO da Davati no Brasil) e o deputado."

Ele lembrou que coube a Cristiano apresentar Dominguetti à repórter do jornal Folha de S.Paulo, que foi quem publicou pela primeira vez a denúncia do suposto pedido de propina de US$ 1 por dose. "Estou há mais de dez dias sendo massacrado nos veículos de comunicação", disse o ex-servidor, que agradeceu a chance de poder falar.

Ele garantiu não ter solicitado propina na suposta negociação com a Davati por imunizantes da AstraZeneca. "Nunca pedi nenhum tipo de vantagem ao senhor Dominguetti, nem a ninguém."

Ele também disse ter sido injustamente acusado na CPI de ter pressionado o servidor Luís Ricardo Miranda, autor da denúncia de irregularidades na compra da Covaxin ao lado de seu irmão, o deputado federal Luís Miranda.

Segundo Roberto Dias, a mensagem que foi considerada uma pressão para apressar a compra da Covaxin era, na verdade, relacionada à chegada de um lote da AstraZeneca, que teria ocorrido no dia seguinte. "Dominguetti mostrou nessa CPI ser um picareta", disse Roberto Dias, e falou que o deputado Luís Miranda tem um "currículo controverso" e de "domínio público".


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