Darcton Policarpo Damião é nomeado diretor interino do Inpe

Darcton Policarpo Damião é nomeado diretor interino do Inpe

Doutor em Desenvolvimento Sustentável, militar assume o cargo que era de Ricardo Galvão

Correio do Povo

publicidade

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações anunciou nesta segunda-feira Darcton Policarpo Damião como o substituto interino de Ricardo Galvão na diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com graduação em Ciências Aeronáuticas na Academia da Força Aérea, MBA em Gestão Empreendedora pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e mestrado em Sensoriamento Remoto pelo INPE, o militar conquistou o título de doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, com a tese "Uso de técnicas de análise multivariada para a predição de desmatamento na Amazônia: o modelo AMAZON-PD", em 2007.

O desmatamento no "pulmão verde do mundo" foi justamente o centro de discussão entre Galvão e o presidente Jair Bolsonaro, que resultou na exoneração deste. Damião também realizou cursos de especialização na Universidade de Michigan, no MIT (Sloan School of Management) e na Universidade da Pensilvânia (Wharton School). Atualmente, oferecia cursos de gestão estratégica na FGV-Rio, no ITA e na Escola Superior de Guerra (Campus Brasília).

"Ele é uma pessoa de confiança, logicamente. E uma pessoa com uma capacidade de gestão já demonstrada pelos cargos que exerceu e, portanto, será um ótimo diretor interino para dar continuidade nesse trabalho", afirmou o ministro Marcos Pontes em um vídeo no Twitter. O processo de escolha do diretor definitivo será por comitê de busca, com lista tríplice pelo o MCTIC, conforme regimento interno aprovado pela Portaria n° 897, de 3 de dezembro de 2008. a Data ainda será definida.

Na gravação, Pontes também comemorou os avanços que serão obtidos com a nova ferramenta de monitoramento e disse que Ricardo Galvão tornou a situação insustentável ao procurar a imprensa para rebater os comentários do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em vez de tentar resolver a situação pelo diálogo. "Se tivesse me procurado após os comentários de Bolsonaro, tudo poderia ter sido resolvido no diálogo. O fato de ter falado direto com a imprensa gerou perda de confiança. Tem influência do presidente (na demissão), mas também tem minha parte, porque se tornou difícil contornar a situação", avaliou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895