Debates sobre privatizações iniciam com clima tenso na Assembleia

Debates sobre privatizações iniciam com clima tenso na Assembleia

Mais de dez emendas foram apresentadas, enquanto base aliada busca acelerar análise

Luiz Sérgio Dibe

Expectativa é de que sessão percorra parte da noite para que dois projetos sejam apresentados

publicidade

A sessão da Assembleia Legislativa em que deputados discutem projetos de privatizações começou em clima tenso, nesta terça-feira. Discursos fortes na tribuna e protestos nas galerias deram o tom à tarde, que começou com a discussão da venda da CEEE (PL 263/2019).  

A expectativa é de que a sessão percorra parte do turno da noite, já que haverá tempo de debate para cada um dos dois outros projetos. O PL 264 2019 que trata sobre privatização da CRM e o PL 265 2019 que trata da alienação da Sulgás.

Parlamentares de diferentes bancadas alternam-se para defender suas posições. Giuseppe Riesgo (Novo) sustentou que privatizar garantirá investimentos e disse acreditar que a gestão privada fará os preços das tarifas baixar para os consumidores.

Sebastião Melo (MDB) acusou o governador Eduardo Leite (PSDB) de “faltar com verdade” por não ter sido, conforme o deputado, claro sobre a destinação dos recursos. Melo afirmou que discorda do uso para pagamento de dívidas – como Leite declarou ontem à Rádio Guaíba. “Vender a geladeira para pagar o mordomo, senhor governador”, provocou.

Emendas

Líder do governo, Frederico Antunes (PP) apresentou requerimento de preferência para eliminar emendas colocando o texto na frente para votação. Juliana Brizola (PDT) argumentou que não debater as emendas é, em seu entendimento, um ato antidemocrático.

Mais de 10 emendas foram apresentadas. Dentre elas, há determinação de que os recursos da venda da CEEE sejam usados para construção ou reforma de escolas, hospitais, presídios e no reaparelhamento da Polícia Civil, Brigada Militar, Instituto-Geral de Perícias e Susepe. Outra emenda estabelece estabilidade de dois anos para funcionários – o projeto indica seis meses. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895